✒ o fim - ou o começo, não sei.

Há um sabor agro-doce na minha boca que não sei explicar de onde veio. Eu não como há horas e, no entanto, ele está presente. Um novo nível está prestes a terminar. Não vou esconder - é assustador e, ao mesmo tempo, libertador. Honestamente, eu não sei exatamente o que escrever hoje porque ainda não estou em mim. Não sei como me sentir, apenas sinto-me. É um sentimento estranho, se é que é um sentimento de todo. É uma mistura de emoções e não as consigo identificar. Não adianta perguntarem-me porque estou assim ou para contar como me sinto porque eu não sei e não saber faz-me sentir uma maluquinha dentro da minha própria cabeça. 
Tenho medo de admitir que tenho esperança porque não quero que dê azar, não quero criar expectativas para não me desiludir. Como faço com tudo na minha vida: sou pessimista para não me iludir com sonhos que podem acabar mal. É a minha maneira de lidar com desapontamentos. Talvez não seja o mais correto, mas é a única maneira que encontrei. 
Há uma vontade de simplesmente avançar até à parte boa da vida, em que tenho tudo calculado e aquilo que idealizo. Viver num incógnito é tão esmagadoramente impressionante. Pode correr bem, como pode correr mal e existe coisas que não se pode controlar, pode-se apenas vivê-las e seguir em frente. 
De alguma maneira, fica um certo prazer de não saber o que se vai passar. Aquela pequena motivação e desejo de desafiar o mundo e as tuas próprias crenças de ti mesma, aquela vontade de ir mais além. O que te impede além de ti mesma?
Talvez não seja o fim, talvez seja só um novo começo, como todas as outras etapas. Não que o fim tenha de ser definitivo, mas o fim desta fase boa não significa que a próxima não seja igualmente boa. Não sei e não há mal nenhum em não saber. 

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