O terceiro dia desta série é sobre a simplificação e organização do quarto. Decidi que vou só fazer sobre o quarto e o escritório porque são as únicas duas coisas que "são minhas" e posso organizar e fazer como quero. Cozinha, casa de banho, etc, são tudo espaços partilhados, que não são exclusivamente meus e que funcionam de acordo com outras pessoas além de mim. Neste momento da minha vida não me fazia sentido estar a fazer sobre espaços que nem sequer tenho dicas para dar.

                 O meu quarto, infelizmente, é o lugar mais propício a ter gente a entrar e a sair, o que me causa desconforto se estiver desarrumado. Eu gosto de ter tudo no seu lugar, especialmente porque arrumar deixa-me relaxada (sim, a minha mãe gosta de mim por causa disso). De qualquer maneira, como são sítios que estão facilmente desorganizados e que podem acumular bastante coisas se não estiver atenta, decidi criar uma lista de ações que faço quase mensalmente, ou então semestralmente, sempre que mudo a roupa para a outra estação, pelo menos.

ROUPA & ACESSÓRIOS.

                 1. Retira a roupa e acessórios dos espaços onde estão isto porque é mais fácil para depois organizar e perceberes o que é para ficar ou não ficar. Não te esqueças da roupa interior, cintos, bolsas, brincos, anéis, pulseiras, colares, calçado, bikinis, etc.
                 2. Pega em cada peça e vê se ela te serve, se gostas dela, se a usaste no último ano, se se adequa ao teu estilo atual de roupa, se é possível combinar com outras peças que tens. O cerne da questão aqui é se a peça deve ficar porque a usas e gostas, ou se fica só porque pensas que um dia vais usar ou porque tem um valor sentimental para ti. Caso não queiras ou não precises mais da peça, mete num monte diferente para doar ou vender.
                3. Separa a roupa e os acessórios que queres manter por categorias. Camisas para um lado, calças para outro, casacos noutro, saias e calções noutro, anéis, pulseiras, malas, etc. Se tiveres roupa que precisa de ajustes como cortar algo ou coser, põe de lado para te lembrares que precisa dessas alterações.
              4. Organiza a roupa e acessórios nos lugares corretos. No meu caso, prefiro dobrar as camisolas mais pesadas, as calças, casacos de malha pequenos, t-shirts e calças de desporto, cachecóis, assim como roupa que uso por casa. Dobro verticalmente porque penso que é a melhor forma de conseguir ver o que tenho nas gavetas. Penduro os casacos, camisas, camisolas mais leves, saias e vestidos. Malas grandes estão no armário porque só tenho 2 malas, uma malinha pequenina está pendurada numa porta do armário. Bijuteria está toda organizada e separada através das caixinhas dos chocolates. Podes ter um sistema completamente diferente, para mim desta maneira é como me faz mais sentido.

PRODUTOS & EQUIPAMENTOS DE BELEZA.

                   5. Como a roupa, mete todos os teus itens para fora dos lugares habituais. É a melhor forma de realmente veres tudo aquilo que tens. Isto inclui maquilhagem, produtos para cuidados de cabelo ou pele, vernizes, equipamentos de pele ou cabelo, etc.
                  6. Novamente, vê os artigos que queres manter e responde às seguintes questões: a) usei isto nos últimos 5 meses? b) está estragado ou partido? se sim, dá para reparar? c) traz benefícios para a minha vida? d) tenho mais algum produto com funções similares? Se não usei nos últimos meses, se está partido e não dá para reparar e se não traz benefícios ou já tens algo similar é um redondo adeus. Não precisas disso na tua vida.
                     7. Organiza os que queres manter e tenta arranjar novas formas de os guardares e de os manter por mais tempo. Por exemplo, se és uma pessoa que usa muitos discos desmaquilhantes, procura uma alternativa mais sustentável e duradoura do que aqueles que são descartáveis. Se achas que a tua prancha ou modelador estão a ficar danificados, tenta ter mais cuidado com eles e arranjar solução para isso. Invés de estares a comprar aqueles organizadores todos bonitinhos, podes usar uma caixa de cotonetes ou caixas de presentes para guardar certos produtos. São pequenos truques que te impedem de ter de gastar tempo, trabalho e dinheiro mais tarde.

O QUE FAZER COM OS PRODUTOS QUE NÃO QUERO MAIS?

                 8. Tens 2 opções: vender ou dar. Caso esteja em bom estado e que aches que valha a pena, mete à venda! Há várias aplicações que te permite vender quaisquer produtos, além de roupa ou maquilhagem. Podes também dar se for algo que não aches que valha a pena vender, no sentido que não teriam interesse em comprar por ser algo "banal" que dá para comprar em qualquer sítio. Esses produtos podes até dar a família se eles aceitarem, ou doar a instituições ou meter nos contentores que estão espalhados na rua. 

                 Como é óbvio, o meu quarto não está assim 100% estético, nem parece bonitinho como mostram nas fotografias, mas estes passos realmente ajudam a perceber o que quero ter e o que realmente uso de forma a não guardar tanta coisa que talvez outros precisem. Ao fazer tantas vezes estas limpezas, também comecei a ganhar uma consciência do que compro e do que preciso. Não vou estar a comprar um produto que tenho um parecido em casa, se não me faz falta. Vou estar a gastar dinheiro quando o posso usar para comprar algo que realmente precise.

Espero que tenham gostado. Caso tenham mais dicas ou soluções mais simples deixem nos comentários e partilhem nas redes sociais se gostaram da publicação! 
Até já,
                 Dando continuação à série que criar sobre como simplificar a tua vida em todos os aspetos, passamos agora à parte digital que envolve telemóvel e redes sociais. Eu falo por mim quando digo que o meu telemóvel só tem tralha dentro. E muita coisa precisa que guardo para não me esquecer. Ora, dessa forma, preciso de o manter sempre organizado, limpo e seguro para que consiga encontrar o que quero, quando quero.

TELEMÓVEL

FOTOGRAFIAS E VÍDEOS:

                 1. Então a primeira coisa é, tal como no computador, ver as fotografias e vídeos que ficam ou que podem ser eliminadas. Tenho um cartão de memória de 16 GB, o que ajuda a tirar fotografias continuamente sem querer saber se tenho espaço ou não. No meu caso, nunca tenho pouca memória porque, além do cartão tenho 64 GB no telemóvel em si, o que é incrível. Apesar disso, decidi que preciso de reduzir imenso o número deste tipo de ficheiros. Tiro cerca de 20 fotografias com o mesmo enquadramento, porquê ter tantas? 
                 2. Após passar as imagens todas para o cartão de memória, para me ajudar na procura de uma fotografia específica, decidi criar álbuns no telemóvel. Ajuda-me a ter uma noção básica também do que quero realmente guardar ou não. Ao contrário do que faço no computador por anos comuns, faço por tema, por exemplo: "Família", "Amigos", "Criar" para fotografias mais artísticas, etc. O que gosto do meu telemóvel é que tem a parte que dá para ver como eu preferir: as imagens/vídeos por data ou por álbuns, dando-me a opção de procura personalizada.

FICHEIROS & BLOCO DE NOTAS:

                  3. A melhor maneira de verificar todos os ficheiros que tens no telemóvel, é indo à pasta "Os Meus Ficheiros". Consegues ver desde transferências a documentos a ficheiros de instalação que possas ter. Novamente, verifica cada pasta que tenhas e apaga as coisas desnecessárias. Podes até apagar as fotografias através desta função, mas prefiro ir diretamente à galeria para visualizar melhor. Vê as Transferências, as Músicas, os Documentos e Ficheiros Instalação que são normalmente para onde vão os programas que fazes download que não são através dela Store do teu dispositivo.
                  4. Se precisas de mater esses ficheiros, cria pastas para os mesmos para melhor organização.
                  5. No Bloco de Notas, vê as notas que ainda precisas de guardar e apaga o resto. No meu caso, uso o Google Keep que me ajuda a ter acesso tanto no telemóvel como no computador, guardando automaticamente qualquer alteração que eu faça.

APLICAÇÕES:

                  6. Podes ver as aplicações através da Store do teu sistema operativo onde consegues ver as aplicações que já vinham com o telemóvel e que não aparecem na página principal. Podes usar também ir só à página principal para ver as aplicações que já vinham com o telemóvel, mas que dão para ver lá, ou ver as que tu instalaste. Novamente: apaga as que não usas há imenso tempo ou as apps que têm funções similares a outras
                  7. O meu tipo de organização é colocar as aplicações com funções similares na mesma pasta. Gosto de ter tudo na mesma página, invés de ter sempre de passar de um lado para outro para encontrar a aplicação que quero. No entanto, o meu telemóvel antigo não dava para fazer pastas e tinha de, realmente, se quisesse uma organização melhor, meter as apps em cada página. Só tens de encontrar o teu sistema de organização e ver como funciona contigo e podes sempre alterar com o tempo e criar um novo.  

 CONTACTOS:

                   8. Quem é que manteve contactos gravados só porque um dia podia precisas de ligar à prima do tia da tua amiga? É só desnecessário e ocupa espaço no telemóvel, no cartão SIM ou nos dois, dependendo de como tens programado. Apaga os contactos das pessoas com quem não falas há imenso tempo ou já nem sequer te lembras quem são porque só meteste o primeiro nome ou quem não gostas mais.

MENSAGENS:

                  9. Apaga as mensagens descontinuadas. Eu acabo por apagar todas porque raramente uso mensagens e não costuma ter nada de importante nelas. Caso tenhas uma conversação em continuação, mantém para não te esqueceres do que estavas a falar ou se tiver alguma coisa de importante nas mesmas. 

TELA INICIAL:

                 10. Mantém o mais simples possível. Só tenho as 5 aplicações que mais uso: telemóvel, mensagens, google chrome, google apps e câmara. Isto porque todas as outras encontro no menu principal então porquê colocar na tela inicial?

ANTI-VIRUS & CLEANER:

                  11. Para manter o meu telemóvel ainda mais limpo e rápido eu uso um anti-virus e um cleaner. Gosto do AVAST, que é o mesmo que uso no computador. Ele tem opções de limpeza rápida, tem dicas, consegues ver em que aplicações gastas o teu tempo diariamente, dá para ver quais são as apps mais usadas, menos usadas e as que não utilizas de todo, entre muitas outras funções incríveis! Para o efeito que quero é bem fácil de usar e rápido. 

REDES SOCIAIS

                  12. Isto é uma parte que só comecei a fazer há pouco tempo. Decidi deixar de seguir todas as pessoas/contas que me traziam negatividade no Instagram, Twitter e YouTube. Todas as pessoas que não me acrescentavam absolutamente nada: adeus. De que é que me adianta estar a seguí-las se só me fazia sentir pior? Para que é que quero estar a ver vídeos nas minhas subscrições de pessoas que já não me inspiravam como antes?
                  13. No Pinterest, por exemplo, organizar melhor os álbuns criados e retirar as imagens que já não me acrescentam. Isto é mais uma escolha pessoal porque tenho vários álbuns criados que já acabei por misturar demasiado os pins, não conseguindo encontrar o que queria. 
                  14. No Facebook, toda gente que conheço de vista ou é primo da minha prima e eu não falo: adeus. Esta rede social é aquela que mais expõe a tua vida e serve exatamente para isso, e não quero estar a fazê-lo para pessoas que não conheço. 

                  Certamente as dicas que eu dou não são as mais revolucionárias do mundo, mas acho que ajudam mesmo a simplificar um pouco a vida. Há coisas que até podem parecer básicas, mas acabam por esquecer.

                  Caso tenhas dicas extras, podes partilhar nos comentários abaixo! Se gostaste do artigo, partilhas nas redes sociais e identifica-me. Espero que tenham gostado!

Até já, 

                 Decidi começar uma série de organização e limpeza aqui no blog. É um tema que tenho pesquisado e que gosto muito de ver. Procuro sempre novas formas de manter-me organizada e de criar um espaço mais limpo para que consiga trabalhar sem pensar em coisas aleatórias. Esta série vai tocar em tudo, desde espaço físico até as coisas que te vai na mente: como podes limpar e organizar toda a tua vida para iniciar 2020 com um espaço e uma mente livre de coisas desnecessárias. 
                  Durante este mês, dezembro, é quando me vou focar mais em trazer conteúdo deste. Ainda assim, vai ser uma série de artigos que vou tentar atualizar sempre que posso e sempre com coisas atualizadas, testando métodos ou pequenos truques para simplificar o dia-a-dia.
                  Um dos espaços que me deixa mais a desejar porque é basicamente uma ferramenta de trabalho é o computador. Todos os meus projetos, os meus trabalhos, coisas de escola, memórias, músicas, ficheiros importantes, está tudo aqui. Então convém que eu tenha um sistema fácil de organização e que me permita encontrar o que preciso, quando preciso. 

COISAS BÁSICAS:

1. Limpar o desktop. 

                 É importante tentar deixar sempre o desktop vazio e limpo, já que é uma das razões pela qual o computador fica mais lento e dá um aspeto muito desorganizado. Vê quais são os ficheiros que fazem falta, os que não fazem vão diretamente para a Reciclagem. Aqueles que não deves apagar, envia-os já para a pasta de Documentos.

2. Limpar as Transferências.

                 Esta pasta é a que fica mais desorganizada mais rapidamente. Qualquer transferência feita (caso não tenhas alterado as definições) vai parar ali e facilmente fica cheia de ficheiros desnecessários. Como é o procedimento normal, apaga as coisas desnecessárias e o que é preciso guardar, envia diretamente para os Documentos.

3. Desinstala programas que não usas.

                 Uma das grandes razões de os computadores ficarem lentos, além de ter imensas fotografias e vídeos, é o facto de ter programas instalados, por vezes programas bem pesados, que já nem sequer usamos mais. É tal e qual como as aplicações no telemóvel, em que temos aquele joguinho porque podemos vir a precisar de matar tempo um dia. Apaga. Se não utilizaste nos últimos 5 meses, não vais precisar tão rapidamente. Caso venhas a precisar, voltas a instalar. Não adianta estar ocupar espaço e a pesquisar atualizações sozinho, se não usas o programa.
Falo no caso do meu computador, há coisas que já vinham instaladas e que não quero desinstalar porque tenho medo de causar problemas, então deixo estar. No entanto, há programas que tenho instalados que foi por minha causa, então faço um scan daquilo que já não preciso e apago.

FICHEIROS:

                 4. Vamos agora à pasta de Documentos e ver tudo o que está lá. Novamente, o que não é necessário é para apagar, o que é necessário fica.
                 5. Ao ver os ficheiros que ficaram, cria um sistema de organização adequado a ti e às tuas necessidades, que seja simples e rápido de chegar lá. Coloca nomes específicos e percetíveis nas pastas, de maneira que consigas perceber o que tem dentro.
                 6. Passa os documentos para as pastas novas que criaste ou as que já tinhas. Não te esqueças de ser bastante seletivo no que deve ficar ou não. No meu caso, até adiciono um ícone diferente só para meter a pasta mais bonitinha e conseguir identificar só de ver as imagens. É uma parolice minha.


FOTOGRAFIAS: 

                 6. Vê as fotografias que queres manter, apaga as desnecessárias ou repetidas. Se tens fotos de grupo ou mesmo fotos tuas que são várias na mesma pose ou com o mesmo enquadramento, fica com a melhor e apaga o resto. 
                 7. Eu acho preferível organizar por ano. Criei pastas para todos os anos desde que tenho fotos. A partir daí, coloco as fotografias nos respetivos anos e, caso algumas delas sejam mais específicas como aniversários, festas, viagens, etc, crio uma pasta com um nome alusivo a essas fotografias e coloco-as lá.

MÚSICA:

                 8. Eu uso mais o Spotify agora, ainda assim, quando faço download de músicas para colocar na pen do carro, guardo as músicas por ordem alfabética e tem resultado para mim. Quando tenho muitas músicas do mesmo artista, coloco mesmo o nome dele numa pasta e as músicas dentro.

ATUALIZAÇÕES:

                 9. Uma coisa que acho que é importante e muita gente se esquece é que, caso não atualizem os programas que têm, as versões anteriores acabam por ficar com erros, parar e deixar de funcionar. Por isso, é sempre bom que atualizem todas os programas ou até mesmo do próprio sistema do computador que restaram na vossa lista ou que estás adiar ao tempo.

NAVEGADOR DE INTERNET:

                 10. Ver a página de Marcadores e verificar se ainda são necessários os guardados. Organiza também por pastas, sendo mais fácil procurar algum site que precises.
                  11. Eliminar a lista de transferências, já que não é necessário ter guardado o registo.
                 12. Eliminar dados de navegação (cookies, imagens e ficheiros em caché, histórico, etc) de forma a deixar o navegador mais rápido no processamento da informação. 
                 13. Vê as extensões que tens instaladas e se ainda as utilizas. Há coisas que já não fazem mais sentido na tua vida e escusam de ocupar espaço que precisas para outras coisas.

CARTÕES MEMÓRIA + PEN'S:

                 14. É basicamente fazer as coisas anteriores de verificar os ficheiros, apagar os desnecessários e criar pastas para os organizar. Caso seja necessário, enviar os mesmo para o computador para ter uma cópia a salvo.

DISCO EXTERNO:

                 15. Aqui, é exatamente o caso dos cartões de memória e das pen's, a única diferença é que os discos externos servem para fazer uma cópia da base de dados do computador inteiro. É uma forma de ter as coisas guardadas, além de poder guardar coisas mais pesadas que não sejam sempre precisas como filmes ou vídeos, ou, até mesmo, fotografias. 

                16. A minha dica final é mesmo tentar fazer isto mais vezes: organizar o desktop e as transferências semanalmente, fazer backups mensais, etc. Desta forma está tudo direitinho e guardado com a sua frequência. 

                 Só para clarificar: isto é o sistema que uso de organização, se já tens o teu, não precisas de alterar só porque eu mencionei o meu! Além disso, este artigo teve piada para mim porque estive a fazer uma limpeza geral enquanto o escrevia. Não toquei em todos os pontos porque seria muito para fazer numa só tarde, mas em breve fá-lo-ei. Espero que tenham gostado da primeira publicação da minha nova série SIMPLIFICA. Caso queiram podem partilhar nas redes sociais e deixar comentários sobre os vossos métodos de organização digital ou até de coisas que eu devia falar nesta série!


Até já,

           Para quem ainda não percebeu, mesmo após a minha intensiva publicidade, eu escrevi um livro e está publicado fisicamente. Ora, não foi de um dia para outro que ele foi escrito, visto que tem as suas 406 páginas. Demorou cerca de três anos para acabar de escrever oficialmente, mais uns três anos para ter coragem de enviar para editoras. Durante o processo de escrita, tornou-se difícil, por vezes, lembrar-me de todos os detalhes que tinha planeado ou detalho anteriormente, isto porque ia escrevendo aquilo que me lembrava ou que me vinha à cabeça, sem memorizar noutro sítio além da minha mente esquecida. Tive de voltar várias vezes atrás para reler tudo, para me tentar relembrar do que precisa.

Encontra todos os detalhes do meu livro aqui.

           Inclusive, eu tinha um caderno muito simples que comprei na Staples e dividi para conseguir adicionar detalhes importantes de todas as histórias que eu escrevia. Eu já fazia um caderno de escrita sem ter a noção disso, só que de maneira mais confusa e sem sentido. Vamos lá mergulhar no meu caderno então! Este caderno é da Primark e foi-me dado como prenda de anos. Estava reticente porque como eu ia usar canetas de gel ou sublinhadores, não sabia até que ponto é que a tinta não passava para a página seguinte e não transfere de todo!

           As primeira páginas são todas sobre a parte técnica da escrita e coisas para me ajudar a criar melhores cenas ou descrições ou personagens. Daí a primeira página ser os DOZE ARQUÉTIPOS de personagens. Ajuda a ter uma ideia melhor sobre quem são as personagens, as suas motivações, o seu "histórico", as suas fraquezas, a sua estratégia e muito mais. Obviamente, nem todas as características se encaixam perfeitamente, mas dá uma melhor percepção do que elas podem ser. Pode também ajudar a tentar perceber que tipo de personagem eu quero criar, se é um Herói em que quer provar que é alguém através dos seus atos corajosos ou se é Criador em que pretende criar coisas duradouras (seja uma realidade ou um objeto).
           As páginas a seguir já são sobre o final da obra: que TIPO DE CONCLUSÃO quero que o livro tenha, se é para Refletir ou para deixar o leitor a querer mais com o Cliff Hanger. Ajuda bastante com a explicação de cada final e o porquê de se usar.
           Estas páginas abaixo já são de um método que nunca usei, mas que gostava de o fazer. Chama-se o MÉTODO DE FLOCO DE NEVE. Muito resumidamente, é um método que ajuda a criar uma obra de início a fim, com a ajuda de pequenos indicadores e informações que vamos criando e desenvolvendo aos poucos para criar o primeiro rascunho do livro. Foi criado pelo Randy Ingermanson e tem este nome porque, como referi, começa-se por pequenos passos para levar a um projeto final amplo e quase decisivo.
           Uma coisa que é bastante importante para escritores é LINGUAGEM CORPORAL. A maneira como a personagem se encontra em cada situação é crucial para fazer o leitor entender como reage e, mesmo sem dando muito histórico no início, ajudar a perceber o porquê de reagir assim. Por exemplo, numa cena onde a filha encontra o pai que pensava estar morto. Invés de identificar quem é o indivíduo que se encontra em frente à rapariga, descrever de imediato a sua postura ajuda a criar um certo suspense e mistério.
           Passando agora para as páginas em que são específicas para histórias, vou mostrar aquilo que criei para me ajudar acompanhar cada detalhe das minhas obras para não me esquecer. Eu faço isto porque demoro sempre imenso tempo a escrever. Com EVANESCENTE demorei 2 anos e meio a escrever o livro, no meio desse tempo esquecia-me de coisas importantes e tinha de voltar a reler e a procurar o que queria. Como é óbvio, as páginas estão vazias porque não quero revelar acontecimentos futuros da obra, quero que seja surpresa.

           Uma das páginas que criei é meio que um enredo e escrever por alto o que quero que se passe e o que quero transmitir com a história. Tudo o que eu escrevo tem um propósito. Com o meu livro, o início é um pouco mal desenvolvido porque a personagem é um tanto superficial com os seus sentimentos e emoções. À medida que a história desenvolve, também as descrições começam a ficar mais extensas e a ser mais produzidas exatamente porque ela vai começar a ter uma auto-reflexão mais acrescida.
           Estas páginas são dedicadas às PERSONAGENS que eram importantes para a história, principais e secundárias, de forma a lembrar-me de detalhes físicos ou psicológicos, ou idade ou aniversários que sejam importantes, profissões e outras coisas relevantes.
           Esta página de CENÁRIOS é importante para quem escreve ficção científica ou fantasia visto que têm cenários bastante diferentes e específicos. No meu caso é só para me lembrar de onde fica o quê ou como a casa da Emma é. Recomendo imenso para quem, mesmo em ficção normal, tenha cenários importantes que tenham características distintas.

           Duas páginas exclusivamente para IDEIAS que quero CONCRETIZAR DENTRO DA NARRATIVA são essenciais para mim para conseguir juntar tudo num sítio. Dá imenso jeito se tiveres muitas pontas soltas que queres conectar ou coisas que queres lembrar que tens de fazer, mas ainda estás bem no princípio dos princípios do desenvolvimento. Vou migrar as ideias do meu Bullet Journal para aqui e acreditem, devia ter posto mais do que 2 páginas só!
           A CRONOLOGIA é tão importante para te situares nos eventos que se passaram. Mortes, aniversários, começos de namoros, mudanças importantes na história! Novamente, em casos de ficção científica ou fantasia, é útil para sinalizar, usando o exemplo de Divergente, a ocorrência de há quanto tempo existe aquela sociedade fechada e dividida em fracções.
           A partir daqui já são todos os OUTROS DETALHES QUE SÃO EXCLUSIVOS DA OBRA. Feitiços de magia, lendas, projetos das personagens. No meu caso, pus o Livro da Emma porque ela vira escritora na sequela e o livro virou filme, preciso de saber o que se passa no livro para poder escrever sobre as filmagens e as cenas que são gravadas. Aqui já dá para explorar e criar algo com detalhes mais extensos. Podes acrescentar a pesquisa que tiveste de fazer antes ou depois de tudo o que eu falei para não te esqueceres do que procuraste! Eu tive de o fazer quando andei à procura de coisas sobre cancro ou amnésia!

           Esta é a maneira como criei o meu caderno de escrita para me ajudar a lembrar os pormenores das histórias que crio. Além de ADJACENTE, que é a sequela do meu primeiro livro, estou constantemente a ter ideias para outras histórias e torna-se difícil lembrar quais são os detalhes de cada uma. Isto ajuda-me a manter-me no topo do meu jogo e a não misturar as coisas.
Caso faças um, por favor mostra-me! Adoro ver coisas relacionadas com papelaria e criatividade, não me perguntem porquê, apenas adoro.

Até já,


                Para quem me segue há algum tempo, sabe que no ano passado participei no NaNoWriMo e este ano decidi fazer o mesmo. Não tenho escrito nada de relevante para histórias ou ideias que tenho de histórias, só tenho tido ainda mais ideias e elas vão acabar por me fugir e pedir ajuda a outra pessoa, já que eu não faço nada. 
Ora, quando publiquei isso nas redes sociais, surgiram várias perguntas às quais vou responder agora, já que sou idiota e pensei que era algo que toda gente conhecia e nunca expliquei como realmente funciona.

O QUE É? 

NaNoWriMo, também conhecido como National Novel Writing Month, é "um desafio anual de escrita literária que ocorre na internet durante todo o mês de Novembro. O projeto consiste em fazer os participantes escreverem um texto de 50.000 palavras entre 1º de Novembro até o dia 30 do mesmo mês.", segundo o que a Wikipédia descreveu. Basicamente, é isto e até parece fácil, certo? 
Mas não é, de todo!

COMO FUNCIONA? COMO PARTICIPO?

O sistema do site é bastante fácil, e dá até para ser adulterado, muito honestamente. Após criares conta, tens de criar o teu projeto, com todas as informações do mesmo (se quiseres). Depois, à medida que vais escrevendo, basta só adicionar quantas palavras escreveste naquele dia. Não é para escreveres na plataforma ou nada parecido, podes escrever num documento Word (como eu faço) e depois adiciono o número de palavras escritas ao site.

SÓ ISSO? E DEPOIS?

Bom, parece pouco, mas 50.000 palavras é muita coisa para escrever, principalmente se não tiver as coisas planeadas. O que acontece muitas das vezes (principalmente a mim), é que me perco e bloqueio por não saber o que é suposto escrever a seguir àquela cena. Foi isso que aconteceu no ano passado porque eu só queria participar por diversão e por saber que participar num evento assim me obrigada a querer escrever só porque sim. Obviamente, com a participação de uma amiga minha ajudou-me para o incentivo extra.
Para quem não tem ninguém com quem participar, o site é composto com fóruns de todos os países e em todas as línguas para os jovens escritores se entre-ajudarem uns aos outros e darem motivação. Há também reuniões que os mesmos organização em espaços físicos e específicos para irem todos escreverem. 

DICAS SIMPLES PARA COMEÇAREM.

1. Mapeamento. 

Ora, a primeira dica de todas tem de ser fazer um mapa de todas as ideias que têm. Pegar numa folha, ou em várias, e escrever o nome do livro no meio (se tiver nome) e fazer ligações a todas as ideias e tentativas e explicações que acham que dariam certo na história. Tudo é possível, coisas aleatórias, tudo o que pensarem, literalmente. 

2. Organizar as ideias. 

Tenta criar uma ordem cronológica, ou pelo menos, uma ordem lógica, de como essas ideias e planos se iriam desenvolver durante a história. Acontecimento A, depois o B; Acontecia isto e depois aquilo, mas isto tem que ficar no meio desses dois. 

3. Lista de personagens e espaços físicos.

Ora, qualquer história tem personagens. A ideia era criar outro mapa mental de todos os personagens que queres envolver. Separar os principais dos secundários e adicionar qualquer característica que aches válida, desde física a psicológica. O mesmo para os espaços físicos, como casa ou escola, edifícios ou parques. Se for história de ficção científica ou fantasia, ajuda imenso criar uma parte dedicada a tudo de extra sobre o país ou lugar que podes ter criado, se ele não existe mesmo. Por exemplo, falando do mundo de Harry Potter: criar um sítios onde descreve como a escola é, como é a Hermonie, escrever o que o feitiço Lumus faz, escrever o que significa a linguagem que eles usam, escrever a lenda do Valdemort.

4. Playlist e moodboard.

Uma das razões pelas quais fico muito inspirada para escrever é através de músicas e de certas imagens que despertam a minha imaginação. Por isso, tenho criada no Spotify uma lista de músicas que acho que se identificam com o humor que preciso de obter para conseguir escrever, e faço pequenas colagens de imagens que me fazem lembrar a história que pretendo escrever. Seja através do tumblr ou pinterest, encontro sempre algo que me dá aquele puxão extra para me dedicar à realidade que quero criar.

5. Sítio só teu.

Para efetivamente escreveres, tenta ir para um sítio onde sabes que não te vão incomodar, ou que te pertubem o menos possível. É difícil se viveres com outras pessoas, por isso talvez seja melhor ir para a biblioteca ou um café onde, apesar de ter pessoas, não te conhecem e não vão meter conversa contigo.

6. Não edites.

Não consigo frisar isto o suficiente - um dos meus erros da participação do ano passado foi o facto de tentar escrever já de forma perfeita e editar constantemente. Isto só piora as coisas - o objetivo deste evento é ESCREVER O PRIMEIRO RASCUNHO, isso significa que depois terás tempo para editar e é óbvio que isto não seria já o exemplar final que irias enviar para editoras (caso queiras). Escreve aquilo que te aparece na cabeça, mesmo que não seja exatamente como queiras dizer.

7. Acalma a tua mente.

Como eu disse, 50.000 palavras é imenso. Apesar de ter 30 dias para o fazer, são cerca de 2 a 3 páginas por dia que tens de pensar e desenvolver. Pelo menos eu quando começo a pensar em objetivos, começo a dramatizar e a entrar em stress por não saber como os concluir, ou por ter medo de não conseguir. Ora, journaling é o melhor que se pode fazer neste caso - não só te ajuda a continuares a escrever e não perderes o hábito, como te pode ajudar a ter novas ideias ou maneiras de escrever algo. Podes deitar tudo o que te preocupa para o papel e, mesmo não estando a usar essas palavras para o futuro livro, não paras completamente de escrever. 

Queria só lembrar que apesar de o objetivo é escrever quase um livro, é para escrever, como eu disse, o PRIMEIRO RASCUNHO e é para DESENVOLVER O HÁBITO DA ESCRITA. Se não concluires o número estabelecido de palavras, tampouco importa. O que importa é que tentaste. E apesar de o NaNoWriMo ser desenhado para Novembro, podes fazer o desafio em qualquer mês e da maneira como tu quiseres. Escrever 50 palavras é melhor do que escrever 0. Vamos lá tentar isto, então! Quem participar agradecia que me mandassem uma fotografia do seu progresso só para dizer olá e me incentivar também! 

Até já,



A cultura asiática tem uma lenda conhecida como o Fio Vermelho do Destino. Os deuses atam um fio vermelho invisível naqueles que estão destinados a encontrarem-se ou a ajudarem-se de uma maneira ou de outra. As duas pessoas são amantes incontestáveis; estão destinados independentemente do lugar, tempo ou circunstâncias. O fio pode esticar ou embaraçar, mas nunca rasga.
Acaba por ser o que é considerado uma alma gémea na parte ocidental. Não romanticamente, mas o tipo de alma gémea que acontece a um nível astral. O destino está escrito e pode-se mudar certas coisas, mas não todas. Há aquelas que são inquebráveis e não há forma alguma que as possa despedaçar – têm de acontecer porque há uma série de acontecimentos dependentes do primeiro, como o efeito borboleta. A única coisa que pode mudar é a maneira como reages a elas – isso depende totalmente de ti.
Eu era diferente em todos os aspetos: física e mentalmente. Todos somos diferentes, na verdade. A nossa identidade é única, assim como a nossa impressão digital. É o que nos distingue dos restantes. Coloca-se aqui a questão: somos assim tão especiais ao sermos diferentes se isso é aquilo que nos torna iguais? Sinto-me uma estranha no meio de seres humanos que parecem saber o que fazer da sua vida.
A minha altura colocava-me numa posição muito desconfortável, já que era maior do que o tamanho médio de uma rapariga; os olhos tingidos com o aborrecido verde-acastanhado; as pestanas que eram claras, dando o efeito de que eram quase inexistentes; as unhas roídas por causa dos esforços sociais aos quais sou exposta; as maçãs do rosto que são demasiado definidas para o tamanho da minha cara; a estrutura óssea que não me deixava ser perfeita; as rugas de expressão que, ao longo dos poucos anos de existência neste planeta, se desenvolveram e decidiram habitar na minha face – isto era uma das poucas coisas que até gostava de ter.
Os pensamentos que insistiam percorrer rápida e furiosamente na minha mente estavam constantemente a lembrar-me a estranheza que estava entranhada no meu ser e parecia permanecer até ao fim. Das poucas vezes que proferia a minha opinião, olhares eram-me lançados por ser tão divergente do comum, deixando-me desconfortável cada vez que olhavam para mim sequer.
Com estas conclusões, era algo óbvio que amigos eram algo de que a minha vida carecia. Apenas uma rapariga poderia ser rotulada de amiga – Stefanie Ryan. A típica adolescente americana com o seu cabelo clareado nas pontas; os seus olhos perfeitamente delineados com um caramelo dourado, quase cor de ouro; o seu corpo parecia ser moldado à imagem de Marilyn Monroe; os seus lábios eram carnudos e na perfeita cor de vermelho rosado; A sua pose, o seu estilo, a sua voz, a sua pele e até as suas unhas dos pés eram perfeitas.
A realidade é que eu não era uma pessoa interessante; nem a mais positiva. Nem a mais confiante em si ou nas suas decisões ou nos seus raciocínios. Estabilidade era algo que nunca foi presente na minha vida.
Os meus sentimentos e emoções eram escondidos ao máximo, tentando diminuir o estrago dentro de mim. Na minha mente, se eu não demonstrasse qualquer tipo de afeto ou confiança, ninguém me podia atingir.
A minha teoria estava a correr perfeitamente bem. Até que ele apareceu.



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            Está aqui o prólogo do meu bebé! Para quem já leu Evanescente no Wattpad, sim, mudei o prólogo e mais algumas coisitas. Foram três anos desde que acabei o livro até decidir mandar para as editoras, era óbvio que já não me identificava com certas coisas que foram escritas. Ainda assim, a enredo final continua o mesmo, só precisava de umas melhorias aqui e ali.
             Para quem não entende do que falo: Olá! Sou a Marta e publiquei um livro chamado Evanescente, um drama adolescente com um bocado de romance. É a história de um cliché (adoro pegar em clichés e desconstruí-los). Um rapaz popular chega atrasado a uma aula e senta-se no único lugar disponível: ao lado de uma rapariga que ninguém conhece e ninguém quer saber dela. Acabam por se conhecerem e o resto é história (literalmente).
             O que quis criar com este livro foi uma espécie de experiência social em que vão dar por vocês a criticar certas personagens pelas más escolhas, mas vão acabar por perceber o porquê de elas as fazerem em primeiro lugar. "Tu nunca sabes o que realmente se passa na vida das pessoas. Não sabes o que pensam, não sabes o seu passado, não sabes nada. Tu não sabes o que se alterou na vivência da pessoa para se transformar no que ela é hoje. Algo pode ter desaparecido, alguma coisa pode ter acontecido. Todos somos instáveis, tudo é passageiro, tudo pode disspar-se a qualquer momento. E quando tu achas que sabes algo, tu só sabes apenas o que vês ou ouves, não a realidade." Foi isto que escrevi na contra-capa do livro e acho que resume o enredo sem dar detalhes específicos.
             São 406 páginas escritas com amor, suor, lágrimas e muitas noites de inspiração. É o meu primeiro retrato como escritora e não mudava nada nele. Antes de o comprarem, considerem uma coisa primeiro, por favor: mantenham a vossa mente aberta. Tudo o que escrevi foi propositado, desde a escrita meio que infantil no início, até aos detalhes que parecem não bater certo ou meio hipócritas. Este é o primeiro livro de uma história de dois livros. A sequela vem em breve. Mantenham-se atentos.

ONDE COMPRAR?
- Falando comigo se quiserem cópia assinada.
- Wook.
- Bertrand (online e física).
- Cordel D'Prata (site da editora que permite enviar para o estrangeiro).
- Livraria Bracara (BRAGA)
- 100ª Página - Livraria (BRAGA)

ONDE PODEM DAR A VOSSA OPINIÃO? 
- Nas minhas redes sociais.
- Em todos os sítios que mencionei acima.
- No GoodReads, que seria onde agradecia imenso se o fizessem.

O Até já que escrevo em quase todo o lado tem um significado especial que é revelado no livro, por isso que quando assino os livros o escrevo também.
Então,
Até já,



                Qual é o rumo que quero tomar com isto tudo? Eu não sei.
              Ainda ontem falava com o meu namorado do quanto gostava de ser X pessoa, pessoa essa que já está adiantada no seu caminho e que trabalha todos os dias para chegar lá. Não é perfeita, óbvio que não, mas nem eu sou. Tem as mesmas horas no dia que eu, a não ser que more noutro planeta, o que não acho que seja o caso. Acabei por refletir e dizer-lhe, logo a seguir, que não importava o avanço dela, eu teria de me focar no meu projeto e no meu sucesso. Ele apoiou-me e disse-me "o teu projeto é que importa". E isto é um grande problema que tenho:
eu não consigo parar de me comparar. 
             É um ato tão inconsciente na minha mente já. O meu lado racional entra logo em ação a perguntar-me qual é o meu propósito ao estar a permitir que me igualar a uma pessoa que já está adiantada na sua rotina e no trabalho? É normal estar à minha frente: começou primeiro e tem conhecimentos que eu ainda não tenho; sabe o que funciona e o que não funciona; tem recursos que eu não tenho. Ou até mesmo se fulana entrou ontem para a comunidade e conseguiu atingir mais do que eu num ano? É frustrante, é irritante, chega até a ser triste e desmotivador. No entanto, vou ficar sentada a remoer sobre isso ou vou usar essa energia para continuar a melhorar o que é meu? O que importa é a minha jornada e o que faço para a enaltecer. Cada um tem o seu ritmo, a sua maneira de pensar, a sua forma de se comunicar.
                Outra coisa que me custa é falar de temas que já estão a ser debatidos. Ultimamente tenho tido esse medo de não querer falar de um determinado tema porque já há gente, que eu sigo, que o faz e não quero que pensem que estou a copiar ou algo parecido. Sinto uma pressão enorme de ser original mesmo quando a própria pessoa não o seja. Até falei com uma rapariga que sigo e gosto de a seguir e ela disse-me algo que eu já sabia, mas que soube bem ouvir "há espaço para todos".
Acho que muita gente não tenta seguir os seus sonhos porque são parecidos com os sonhos de alguém e acham que já há gente que faça primeiro e melhor. Sendo assim, os novos cantores já não deviam tentar sequer. Quero dizer, os The Beatles chegaram primeiro que os One Direction, porque raio eles acharam que conseguiam fazer sucesso quando uma banda famosa já existia? O importante não é se somos os primeiros ou os últimos, o importante é se quando chegamos, se fazemos algo de especial e diferente. Quero dizer, quem é que a J. K. Rowling pensa que é quando já havia Shakespeare? A audácia!
Não!
Haverá sempre inúmeras pessoas na área que tu queres e sonhas exercer. Faz o teu melhor para entrar nela e te destacares, ou, caso não querias destaque, faz o teu melhor para simplesmente entrar nela. Não precisas de mais, não precisas de menos, só o que achares suficiente para seres feliz.

Até já,

✿ o rumo, o verdadeiro.

by on outubro 10, 2019
                Qual é o rumo que quero tomar com isto tudo? Eu não sei.               Ainda ontem falava com o meu namorado do quan...
1. CADA UM TEM O SEU RITMO. Somos quase 8 mil milhões de pessoas num planeta só e estamos há espera, de alguma forma, que toda gente siga o mesmo rumo. Nascer, crescer, estudar, trabalhar, morrer. É impossível e errado querer algo assim. Não somos robôs para seguirmos todos de forma automática e irracional e cada vez estamos a esquecer mais disso.
As comparações constantes com o vizinho do lado ou aquela menina da Internet que tem mais do que tu estão a criar inseguranças que provocam a estagnação ou a desistência de sonhos e objetivos. Eu fiquei muito triste por não ter entrado no mestrado que queria no ano passado e agora estou feliz por não ter entrado porque consegui fazer coisas diferentes e que me ajudaram a crescer. Ainda assim, senti-me muito mal por não ter entrado porque era o ritmo natural da vida, mas não queria dizer que fosse o ritmo natural para mim.

2. ACREDITA E VAI ACONTECER. Eu sei que isto é bastante estranho para alguns, mas é algo que eu acredito profundamente - a lei da atração. Essa lei consiste em basicamente conseguir tudo o que se quer com o poder da mente. Ainda pouco sei sobre isto, só vi o filme apenas (que recomendo imenso!). Não quero entrar em muitos detalhes para já, porque não sei muito sobre o assunto, mas acredito que se visualizar algo na minha cabeça, se imaginar como é ter já essa coisa, ela acaba por acontecer - seja algo bom ou mau. E isso aconteceu com muita coisa este último ano, tanto para o bom, como para o mau.

3. NÃO ÉS SUFICIENTE PORQUE NÃO QUEREM. Sempre ouvi dizer que só não se é suficiente para alguém que não sabe o que quer e todos os anos relembro-me disso constantemente. Ora, vou dar um exemplo: eu gostava de um rapaz e era capaz de fazer tudo por ele e ele dizia gostar de mim, mas nunca namoramos porque eu acabava por não ser suficiente para ele. Passado uns anos comecei a gostar do meu namorado e ele começou a gostar de mim da mesma maneira e nunca senti a necessidade de mostrar-me ser a melhor e foi uma incrível bênção que o Universo me deu porque soube realmente o que é ser amada e o que é amar. 

4. O TEMPO É ESSENCIAL. E com isto quero dizer duas coisas: o tempo cura tudo e o tempo é escasso. 2019 tem sido um turbilhão de emoções, acreditem. Muita dor à mistura, mas muito amor também. A dor acaba por passar, mesmo que não pareça no momento. E o amor faz com que os momentos bons sejam criados e passem tão depressa que uma pessoa nem consegue acompanhar.

5. HÁ COISAS QUE NÃO IMPORTAM ASSIM TANTO. Eu tenho muito esta mania de me importar com tudo e todos, até ao mais ínfimo detalhe. Chega a ser um incomodo na minha vida porque ralo-me com coisas mesmo pequenas que não têm significado qualquer, mas com as quais devoto a minha atenção na mesma. Estou a ler um livro, You Are A Badass da Jen Sincero, que fala sobre libertar-me da preocupação de coisas que não consigo controlar. Já o A Arte Subtil de Dizer Que Se F*da explicava que não dá para controlar o que acontece, mas dá para controlar como reagimos ao que acontece e esses dois ensinamentos ficaram muito marcados em mim.

6. SE NÃO TE REALIZA, MUDA. Estava num trabalho que já não me acrescentava nada, muito honestamente. Decidi trocar e acabei por fazer o mesmo que fazia na empresa anterior, mas um pouco melhor. Ainda assim, não é ali que quero estar para sempre e não me vejo a subir naquela empresa, não dão oportunidades para tal. Tudo o que conseguia retirar de lá, já o fiz. Então, vou despedir-me. É uma decisão difícil porque, apesar de viver com os meus pais, tenho as minhas contas também. No entanto, não posso continuar num sítio onde tenho de estar oito horas do meu dia, cinco dias por semana, a fazer algo que já não me realiza ou me motiva. A minha mãe está sempre a comentar que posso mudar para pior, mas como é que saberei se não o tentar fazer?

7. VÃO RECLAMAR SÓ PORQUE SIM. Onde trabalho atualmente chega a ser saturante pela quantidade de reclamações que recebo constantemente - muitas delas sem qualquer fundamento.  As redes sociais estão constantemente cheias de hashtags de cancelamento a artistas que erram ou quando dizem algo sem pensar muito,  ou até quando vão a um país fazer um concerto num festival e não gostam da artista que vem. Não há por onde fugir - vão reclamar sempre só porque sim e não há como mudar porque as pessoas ganharam a mania de um intitulamento de que a verdade delas é que importa e é a legítima.

8. NÃO É DIFÍCIL, SÓ PRECISAS DE COMEÇAR. Ora, eu tirei uma grande pausa do blog porque queria construir uma plataforma melhor, com um layout melhor; queria fazê-lo de raiz, só que não sabia como e não começava a fazê-lo porque ia demorar muito e achava que era difícil. A verdade é que sim, era difícil e acabei por não fazê-lo do início, mas consegui arranjar uma forma de encontrar algo perto daquilo que queria e aqui está o novo layout! Outro exemplo: quero aprender francês para poder ir morar com o meu namorado para Bordéus e trabalhar lá. Ora, francês é muito complicado para a minha cabeça lógica - há junção de letras que não correspondem aos sons que estou habituada e há letras que não se lêem de todo e que raio, quem quer isso? No entanto, estou a tentar aprender com o Duolingo e através do Pinterest e, já das duas semanas de férias que fui lá conseguia perceber cada vez mais o que diziam porque comecei a empenhar-me em aprender. Uma ação levou ao início que levou à concretização de algo que eu achava difícil - só precisei de começar! Além disso, quanto mais cedo começar, mais cedo chego onde quero e melhor começar hoje do que daqui a um mês pensar que poderia ter começado há um mês atrás.

9. UMA PAUSA NÃO É MÁ IDEIA. Ora, uma coisa que eu sinto sempre que passo uma folga sem fazer nada é uma culpa imensa de que podia ser produtiva e não o estou a ser. Acho que hoje em dia tem havia uma grande normalização do cansaço e da produtividade excessiva, que passa a ser o contrário do que produtividade devia ser. Achamos que quando estamos ocupados é quando estamos a ser felizes e parar é morrer porque deixamos de trabalhar para os nossos objetivos. Não é bem assim e descobri quando passei semanas ou meses, sem ter vontade de criar conteúdo. O cansaço psicológico era tanto que não me apetecia aproximar-me do computador para escrever, nem de um caderno para rabiscar, nem de um livro para ler. A minha vontade era de acabar com tudo porque não tinha descanso e sentia-me abafada com tanta coisa ao mesmo tempo. É necessário uma pausa quando tiver de ser e quando o corpo pede.

10. FAZ POR TI. Acho que grande parte do sucesso de muitas coisas que fiz foi porque fí-las por mim, para mim. Com o blog sinto a tendência de querer fazer publicações que sei que as pessoas vão gostar e, não estou de todo a dizer que não devo fazer isso também, mas acabei por esquecer-me do que realmente gosto de partilhar. Esta recente pausa fez-me perceber que rumo quero que o blog tenha e esperem novidades em breve! Seja qualquer coisa que eu faça, desde ir ao ginásio, desde aprender coisas novas, desde escrever, desde a maneira como me visto, tento sempre fazer aquilo que que gosto e quero, invés de ligar aos comentários dos outros.

Espero que tenham gostado da publicação nova! Comentem que lemas vocês levam convosco para o caixão até!
Até já,

              A razão que não tenho publicado: perdi a confiança em mim.
          Já tinha falado anteriormente sobre a minha pausa da escrita, eu sei. Ainda assim, apesar do que lá escrevi, acho que muitas das vezes, não é a falta de motivação ou de inspiração que falta nos artistas, mas sim o facto de lhes faltar a autoconfiança que tanto precisam neste mundo artístico. O medo de ser rejeitado é tanto que nos faz não criar nada porque pode haver a possibilidade de decepção nas expectativas que nós criamos.
            Após ter publicado o último capítulo de Evanescente eu só dizia "não sei mais o que escrever, não sai nada de jeito". Passei cerca de 1 ano ou 2 anos a dizer isso: não conseguia escrever, tudo o que escrevia saía mal, as palavras não ficavam bem juntas. Sei lá, inventava mil e uma desculpas sem nunca procurar o cerne da questão. Por exemplo, esta minha pausa de quase 7 meses em que ia escrevendo uma coisa aqui, outra ali: a razão não era porque não tinha ideias, gente o que não me faltava era ideias! A sério, tenho cerca de 30 rascunhos aqui no blog, mais uns talões que os clientes não queriam preenchidos com coisas aleatórias que me ia lembrando. Aliás, eu ia escrevendo, só não publicava e o verdadeiro motivo por isso é que o meu perfecionismo chegava ao ponto de me dizer "olha, X fez melhor que tu, que vais acrescentar ao que ele fez?" ou "sabes... Y conseguia melhor que isso, vê lá se melhoras nessas tuas expressões, não te sabes explicar por nada desta vida!".
             Há uma pressão exorbitante e um tanto paranóica de sermos os primeiros em tudo e de fazer tudo o mais completo e perfeito possível, sem erros e sem testes. A perfeição criou uma ambição tremenda na mente das pessoas que ao falhar uma vez já faz com que percam de vista a razão pela qual queriam tentar. E eu deixei-me levar por essa onda porque era o mais fácil para mim, invés de estar a combater a força natural de desistir. A minha insegurança impediu-me de continuar a fazer o que gosto e me dá vontade, o que fez com que eu perdesse a motivação para todos os outros aspetos da minha vida.
              Eu não tenho doutoramento em escrita, tampouco sou um génio que não comete erros. Tal como não sou perfeita a tirar fotografias, a pintar, a desenhar, a criar sites, a maquilhar. Posso ficar melhor e aprender mais sobre todas essas coisas, mas nunca serei perfeita e não há qualquer problema nisso. Qual seria a piada de saber tudo sobre todos os assuntos?
         Há demasiada preocupação em criar coisas perfeitas do que realmente partir para ação e simplesmente começar a criar. É por isso que eu procrastino muito, não é porque não tenho motivação ou ideias, é mesmo porque quero fazer algo perfeito e não quero estragar a visão que tenho e porque agora tudo que se diz é tido como errado por alguém. Enfim.
            Se é para retirar alguma coisa deste post é: faz, mesmo que não esteja perfeito. Mais vale fazer algo e depois ajustar, do que estar sempre à espera do "momento certo" que pode nunca vir acontecer. Queres escrever um livro? Queres começar uma empresa? Queres ser tatuador(a)? Queres viajar o mundo? Queres criar um website? Começa agora. Cria um plano para conseguires chegar ao teu objetivo, mas não passes a vida a planear, em algum ponto tens de começar agir.
              Adeus menina de planos, olá mulher de ação. Espero que estejas pronta para esta nova viagem. O Ano do Sim é agora. 

O meu rosto está molhado de todas as lágrimas que não param de cair. 
Qual é a sensação de estares aí em cima, nesse pedestal que criei para ti? Diz-me. Achas que consegues viver sem mim? Não te esqueças de quem te fez chegar onde estás. Fui eu, meu amor. Estás tão alto e olhas cá para baixo, só vês formiguinhas a andarem de um lado para o outro. Tem cuidado que a queda é demasiado grande, tão grande quanto a tua ignorância. Fui capaz de queimar -me para te aquecer, de esquecer-me para que pudesses lembrar-te de quem eras. Ingénua, eu sei. Eu não sabia melhor do que querer proteger-te de todo o mal. Tornei-me um escudo humano para uma rosa com espinhos: eras tão bonito, mas magoavas-me cada vez que me tocavas. Os teus demónios tornaram-se os meus, brincando com aqueles que já habitavam comigo. A tua opinião contava mais do que a minha, tudo o que eu dizia tu criticavas, esta relação era unilateral no que tocava ao apoio, as minhas iniciativas eram fracas e os meus projetos eram falhados. 
Vá, conta-me: como te sentes ao saber que fui eu que te pus aí em cima?
O teu orgulho é espada com duas pontas afiadas: magoa-me a mim, e a ti. Custa-te admitir que não conseguiste sozinho? Estou adorar saber que te sentes inseguro sem mim. Lembra-te de todas as vezes que me fizeste sentir da mesma maneira só porque querias ter controlo sobre mim. Lembra-te o quão irrelevante és sem mim, amor. Quem mais se importa contigo da maneira que eu me importo? Manipulavas-me da maneira que mais bem te entendia; criavas histórias em que eras o herói; embelezavas as minhas feridas, dizias tu, querendo apenas torná-las mais evidentes. Já percebi o teu jogo: perdeste. 
Uma relação de amigos com benéficos, exceto a parte de que eras meu amigo e que não tinha benefícios nenhuns. E desculpa se te tenho tratado no masculino, mas achei adequado, já que és o oposto de mim. Depressão, amiga, companheira, trai-me lá com a ansiedade, vocês merecem-se. Já eu, eu ganhei, mas acima de tudo, ganhei-me de volta de ti. São lágrimas que caem, mas são lágrimas de orgulho.