Este post até vem de encontro com um que fiz em Dezembro e eu sei que devia tê-lo publicado logo a seguir a esse. Contudo, e não sei porquê, o momento não me pareceu adequado. Um pouco estúpido, eu sei.
          Já passaram dois meses desde o início do ano e honestamente, não sei por onde ando porque este ano vai ser e está a ser confuso. Não consigo encontrar motivação nem para escrever (como se tem notado com a falta de publicações no blog). Não consigo concentrar-me para estudar ou para fazer algo produtivo. Tem sido exaustivo tentar e não conseguir. Parece que esta é a altura certa porque este post não é apenas para quem o lê, mas para mim também, para me lembrar do que quero.
        Como tinha escrito, as pessoas não conseguem parar de reclamar com o ano inteiro porque simplesmente não fazem nada para o melhorar. Não é suposto ser generalista, okay? Eu bem sei que há gente que tenta e não consegue, eu compreendo. No entanto, após o post que fiz percebi que não sou a única a pensar da mesma maneira. Temos de mudar de atitude se querermos ser melhores. E acabei por me esquecer disso. Viver do pessimismo apenas traz exatamente isso: pessimismo. Então decidi juntar um pequena lista sobre pequenas coisas que podes fazer para melhorar o teu ano. Não são coisas propriamente extravagantes, eu sei. Também não queria fazer nada disso porque o melhor está no simples. São pequenas ações que se pode ter todos os dias e ajudam bastante - ou, pelo menos, a mim ajudaram.

1. Sorri.
Cliché, como sempre. No entanto, não pude não acrescentar aqui e fazê-la a primeira da lista. Sorrir pode trazer rugas ao teu rosto mas traz bem estar também. Custa rir quando só te apetece chorar, obviamente. Não me interpretem mal, chorar é ótimo; limpa a alma e as impurezas dos olhos (pessoas que usam maquilhagem percebem-me nisto). Mas sabe tão bem quando consegues converter a tristeza em tranquilidade. Reparo que tantas vezes que acabava por desabar com pequenas coisas, agora consigo acalmar-me e usar a razão para me trazer sossego para a minha mente e o meu coração, que tanto precisam. Além de que sorrir pode fazer outras pessoas sorrirem também. 

2. Pensa positivo.
É bastante óbvio e parece fácil, mas não é. Leva imenso tempo de prática, há imensos pensamentos negativos antes de conseguir chegar aos positivos. Agradecer todos os dias. Novamente, parece fácil, mas às vezes é bastante difícil ter algo para agradecer todos os dias. A partir do momento que optei por agradecer e trocar os meus pensamentos para uma atitude mais leve e otimista, um peso levantou-se das minhas costas. Ainda custa alguns dias, como é óbvio. Há dias que a minha mente ainda brinca comigo e não me deixa trocar de comportamento, mas melhorou bastante. 

3. Tem objetivos (reais) - e luta por eles. 
Com o virar do ano, as pessoas tendem a criar objetivos e metas bastante... irrealistas, por vezes. Tanto que nem sequer chegam a trabalhar para as atingir. Muda isso. Foca-te naquilo que consegues fazer e consegues trabalhar e esforça-te para realizar o que sonhas. Faz um dream board se te ajudar a lembrar-te do que tens de fazer para chegar ao que queres.

4. Dá mais passeios.
Isto é algo que também tenho de melhorar e parece bastante simples mas, não é. Ora, há sempre aquelas semanas que só há vontade de ir para debaixo dos lençóis ou estás num nível de stress tão alto que não há tempo nem para respirar. E é aí onde os passeios entram: eles acabam por nos acalmar porque estás focado(a) noutra ação e ajuda na concentração e procrastinação. Vai até ao parque mais próximo, leva o teu animal de estimação, um livro para ler. Sai de casa.

5. Sai do normal. 
Uma coisa que me fez bem apesar de me fazer sentir mal ao início foi sair da minha zona de conforto. Foi difícil porque ter de sair da minha bolinha podia correr mal. Tentar coisas novas é complicado porque podem não dar certo. Contudo, está tudo bem se correr mal! Ser humano é errar, errar até tentar porque basta um tentar para conseguir.

6. Aprende algo novo.
Uma nova língua, um facto aleatório, como pintar com aguarelas, como desenhar, como escrever um livro. Há mil e uma coisas que estão ao nosso alcance para aprender e saborear o processo. Há imensas plataformas para nos ajudarem a aprender, tal como Duolingo (línguas) ou Skillshare (desenvolvimento pessoal, arte, tecnologia, tudo). Ajuda a sair um pouco da rotina de trabalho e/ou da escola e ajuda a tua mente a continuar aguçada.

7. Foca-te no presente.
Não consigo sublinhar o suficiente o quão este ponto é importante. Não me interpretem errado: tanto o passado como o futuro são importantes, um porque te faz corrigir os erros do outro. O passado serve só para isso: aprenderes com ele. De que vale estar a lamentar com o que se passou antes se já não o podes mudar? Dói, claro que dói. Mas irá doer mais se te focares tanto no passado que acabas por perder o presente todo. Foca-te no que podes mudar, no presente. É a única coisa que tens garantida.

8. Dia Especial do Eu.
Ainda estou a tentar trabalhar nisto, também. Aliás, tudo o que refiro aqui continuo a tentar porque, obviamente, não se consegue aplicar todas estas pequenas ações de um dia para outro. Ando a tentar reservar um dia da semana só para me cuidar, isto porque é necessário cuidarmos de nós mesmos para também poder ter uma vida equilibrada. Num dia da semana, arranjo um tempinho para fazer uma máscara facial, colocar óleo de coco no cabelo para o hidratar, tomar um banho longo e relaxante, esfoliar, colocar hidratante no corpo e cara, todas essas leves atitudes que me ajudam a preparar para a semana seguinte e a parar para ter um tempinho só para mim.

9. Bullet Journal.
Devo dizer que eu não sou de todo artística e nem tenho jeito para desenhar. Ainda assim, o bullet journal (ou journal em geral) é bastante bom para me melhorar. Em breve farei um post mais detalhado o conceito é basicamente uma agenda personalizada a teu gosto. Podes fazer o que quiseres, literalmente. Basta ter um caderno e uma caneta. Acabei por aderir a este pequeno projeto pois, a início, usava-o não só para me organizar, mas também tinha uma pequena sessão ao fim de todas as semanas para escrever uma pequena nota. Essa nota variava entre o que houve de bom e o que poderia fazer para melhorar. Era bom porque tinha um feedback de mim mesma e analisava aquilo que podia fazer a mais.

10. Inspira-te.
Isto acaba por acontecer quando aprendes algo novo e sais fora da tua zona de conforto. Há sempre algo que te vai inspirar, talvez o quão bem te faz sentir o facto de ultrapassar um medo ou fazer exercício físico, até. Faz um vision board, isso é, um quadro onde colocas fotografias dos teus objetivos ou fotografias que te inspirem. No meu caso coloquei, adicionalmente, fotografias de coisas que consegui para mostrar a mim mesma que se consegui X, posso continuar e conseguir Y. 
Vou ser honesta, eu realmente não sei o que fazer com este post, tal como não sabia o que escrever no anterior. Tenho ideias para publicar aqui no blog mas parece sair tudo mal, como se as ideias não fossem boas. O pior de tudo é que deixa a vontade de lado que tenho de evoluir este meu cantinho. Deixa a vontade de lado sobre tudo, para ser sincera. Sinto que não estou pronta para o último semestre de licenciatura, porque é mesmo o último. É a última vez de dar o meu melhor, é a última vez que tenho paz porque tenho de decidir o que quero a seguir. Já escrevi sobre isto milhares de vezes, eu sei, e parece tão estúpido como da primeira vez. Estou confusa. E há dias que tenho a certeza do que quero fazer mas há outros que fico confusa de novo. É um ciclo vicioso que desperta frustração em mim, a mesma frustração que me impede de fazer algo produtivo. Há um pequeno vazio dentro de mim que está a crescer e não sei mesmo como o impedir. Não consigo evitar o pensamento de que o meu futuro está totalmente nas minhas mãos e se o estragar a culpa é apenas minha. E este sentimento de inutilidade não desaparece, não há maneira de o mandar embora. Honestamente, há dias que parece que até as coisas em que era relativamente boa ou que gostava comecei a desaprender. Escrever? Não sei o que é isso, soa tudo tão parvo. Fotografia? Fica tudo mal. O meu coração aperta de tanto pensar e de tanto imaginar o quão mau tudo pode correr. Nunca fui uma seguidora, mas também nunca fui uma líder. Ando sempre entre o meio de tudo, não consigo ter uma certeza de nada. O que é que eu sou? Pensava que as crises existências apareciam aos 50 anos, quando já se viveu quase uma vida e se pensa se realmente foi viver. Aqui estou eu, com 20 anos de idade, a tentar decifrar o que raio quero fazer, com meias-certezas e total mixórdia de pensamentos e sentimentos. Acho que, de qualquer maneira, a única solução é esperar. 
Ou talvez não.
Porque nem para isso tenho convicção.
Honestamente, dói. Não sei bem o quê, apenas dói cá dentro. A cabeça, o coração, os pulsos, alguma coisa dói e eu não sei o quê. Dá uma vontade de chorar porque eu não sei o que dói e quando penso na dor, parece que existe mil e uma dores antigas para chorar por elas.
Não faço a mínima se estou a fazer sentido, eu só quero desabafar sobre o que sinto mas não o consigo fazer a alguém específico porque estou cansada de julgamentos. 
Tenho medo de voltar ao meu estado antigo, aquele ser sozinho e triste que não sabia como viver. Esse medo está a crescer cada vez mais e, com ele, mais pedaços de quem era cresce também. Talvez seja da minha cabeça, como tudo sempre o é. É sempre tudo da minha cabeça, até ao momento que não o é. E se, desta vez, não é?
Voltaram os momentos em que duvido de mim mesma - constantemente. Nunca parei de duvidar, na verdade, mas eram menos frequentes. Nunca fui suficiente, só o tenho de aceitar, certo? Ou talvez seja mais que suficiente só que não o veem, certo? Mas são tantas as vezes que a mesma coisa acontece que parece ser mesmo culpa minha. A culpa é minha de não ser suficiente, sempre será minha.
Desta vez não há personagens para te esconderes por detrás para falares aquilo que sentes. Há apenas tu e o teu coração a transmitir, a tua mente a baralhar, os teus olhos a esbordar. Não tens como fugir do que sentes porque, como podes ver, sempre volta para te assombrar. Habitua-te. A tua vida não é aquela história que criaste com os amigos a fazerem surpresas fofas, ou a rapariga a ser surpreendida pelo rapaz todos os dias. As pessoas não vão estar sempre lá para te dar o que precisas, têm a sua própria vida.
Para de te comparar aos outros ou àquilo que tu imaginas eles serem. Só porque o namorado publica um texto enorme sobre aquela rapariga que tu segues, não quer dizer que eles estejam mesmo bem. Só porque X faz uma publicação dedicada à sua amiga, não quer dizer que elas sejam realmente amigas. Sim, tudo isso é bonito e desejas que te aconteça, mas pode não ser genuíno. A apreciação da tua vida feita por aqueles que metem gosto não devia ser algo que tu queiras, ainda que faças parte das redes sociais.
De nada te adianta lamentares o que os outros pensam de ti, mesmo que não seja verdade. Não és suficiente? Habitua-te. Não tens atenção? Habitua-te. Não és quem querem que sejas? Habitua-te. Insultam-te mesmo não te conhecendo? Habitua-te. Dás mais de ti do que recebes? Habitua-te. Habitua-te enquanto tens tempo porque depois dói demasiado quando acontece. Ou talvez já seja demasiado tarde para isso.

✿ um desabafo sem sentido.

by on fevereiro 01, 2018
Honestamente, dói. Não sei bem o quê, apenas dói cá dentro. A cabeça, o coração, os pulsos, alguma coisa dói e eu não sei o quê. Dá uma v...