Este ano os meus pais decidiram que queriam passar férias num outro sítio além da casa onde vivem. Conseguiram juntar dinheiro desde o ano passado e assim foi: um destino qualquer, desde que seja fora de onde vivemos. Lembrei-me que o AIRBNB era um site e aplicação muito conhecido e com boas referências e, conhecendo os meus pais, eles iriam querer alugar uma casinha invés de um hotel. 
            O plano original era conhecer a metrópole de Lisboa mas acharam que seria muito quente. Depois falaram do Algarve e do Alentejo mas acharam muito longe. De seguida lembrei-me de Vigo por causa de uma novela que tenho acompanhado e procurei casas por essa zona.
            A 17 quilômetros de Vigo, encontrei uma casa muito linda e modesta que parecia encaixar perfeitamente naquilo que queríamos - muitos extras incluídos! Ficava em Marín, Pontevedra, Galícia. A anfitriã foi sempre muito simpática e, mesmo estando de férias, disponibilizou-nos dois contactos para ajuda. Para além disso, a casa encontrava-se bem localizada com vários cafés, restaurantes, um supermercado e o mercado da zona, a praia encontrava-se a 15 minutos a pé, várias lojas de lembranças ou de outras coisas pertíssimo.
             Não vou mentir, estava com medo que desse asneira porque era algo organizado pela internet e, apesar de o site ser de confiar, nunca se sabe que pessoas existem nele.
Contudo, foi tudo tão bem preparado e planeado que todos os dias os meus pais me relembravam de como era bom estar ali - e depois da viagem também  o fizeram. Eu não tinha ideia do que esperar porque não conhecia a zona, nem me lembrei de fazer uma pesquisa intensiva da área: apenas vi que tinha uma praia muito gira e achei bom.
           Alguns dias foram passados nas praias lindas de Marín, a água calma e azul que proporcionava um ambiente ótimo para se estar. Pode-se ver o quão branca eu estava, eu bem sei. Eu não costumo gostar muito de fazer praia porque o contraste entre o calor e o frio da água é bastante, no entanto, aqui era ótimo! Os meus pais, que raramente iam para a água, decidiram ir durante estes dias por estar tão boa. As praias que visitamos foi a Praia de Portocelo e a Praia de Os Namorados. Há uma série de 4 praias seguidinhas que basta seguir a mesma estrada - uma coisa boa que achei lá é que muitas estradas eram de sentido único (incluindo esta) o que ajudava no controlo do trânsito e da confusão.
           A noite era passada a passear por aquela zona ou a jogar às cartas. Sem sombra de dúvidas que os pequenos parques e praças que havia por lá eram perfeitas para conviver com família (e amigos). Nos dias que lá estive houve música ao vivo e uma feirinha noturna onde comprei 3 peças lindas e estilo boho, estilo que não me via a usar. Por qualquer rua que fossemos, íamos dar à casa onde estávamos.
           Num dos dias que estava um tempo um pouco esquisito, procuramos coisas para visitar: a Alameda de Pontevedra
É o parque mais antigo da cidade, possivelmente. Era enorme e cheio de edifícios importantes. Tinha estátuas por todo o lado, um lago com uma estética incrível, uma arquitetura linda. 
Numa tentativa maluca, andei de bicicleta pelo centro enquanto a minha família andou numa coisa que agora não sei o nome. 


A minha mãe adora igrejas e admirar a sua beleza, então levei-a à Basílica de Santa María a Maior.  
            Adorei o facto de que, no último dia de estadia, havia uma feira local mesmo em frente com imensas coisas e parecia que, nesse fim de semana, iria haver uma festa de piratas ou algo parecido.  
Parte aleatória do post: no mercado havia peixe vivo e deixou-me a chorar porque sou tone. Descobri um café frio que há no Froiz e É TÃO BOM! Eu nem gosto muito de café mas este era mesmo ótimo!
            O regresso a casa foi através de Viana do Castelo. Fomos de Ferry Boat de Caminha até Espanha, novamente. Foi a primeira vez que andei de algo parecido a um barco: ver a água a mexer-se e o facto de algo tão pesado e com tantas pessoas e carros lá dentro continuar a flutuar e não ir abaixo é extremamente poderoso e assustador ao mesmo tempo.

Até a próxima, Marín.

USA O MEU LINK PARA TERES 10% DE REEMBOLSO APÓS UMA RESERVA NO BOOKING E GANHA 30€ NO AIRBNB.
            Agosto é sempre um mês que traz a toda gente sentimentos misturados, eu acho. É o final do verão e percebes que continuas com a tez branca que nem cal (sou culpada disto) e há aquela pequena felicidade de regresso às aulas só para poder comprar material escolar que achas que vais usar para estudar, mas é só mesmo para olhar para ele enquanto te perguntas o que andas a fazer com a tua vida (novamente, culpada disto). Então, agora que posso dizer que sou doutora (de línguas, mas sou), decidi aprofundar o que a universidade me ensinou além de saber como escrever o som das letras e como aprender uma língua nova apesar do teu cérebro ser enferrujado.

1. opiniões diferentes são válidas - eh... talvez.
Toda gente te diz que deves aceitar as opiniões dos outros e têm razão - até certa parte. Eu aceito a tua opinião, mas se disseres algo totalmente idiota e se eu tiver argumentos válidos para debater, eu irei, nunca te desrespeitando - a isto chama-se uma conversa, para quem não está familiarizado com esse termo. Nota: discordar não é atacar. 

2. ser um aprendiz todos-os-dias.
A Lilly Singh um dia disse algo como "ser a pessoa mais estúpida da sala é muito bom". Eu achei isso parvo, sinceramente. Como é que eu ser estúpida ia ser positivo, seja que cenário for - principalmente num ambiente escolar em que és avaliado pelas faltas que dás. A verdade é que agora, após terminar a licenciatura, percebo o que ela quis dizer com isso: ao se ser a pessoa mais estúpida da sala (e isto não é DE TODO uma crítica, é uma força de expressão) aprende-se muito mais do que mostrar que se sabe algo. A mente tem esta coisa engraçada de não gostar de se sentir inferior quando não se sabe algo, então começa por inventar que sabe essa coisa específica - o falso conhecimento. Falar sem saber vai dar mau resultado, não porque estás errado, mas porque mostrar-se vai fazer de ti idiota mesmo e é melhor do que falar poucas vezes mas bem, do que muitas vezes e mal.

3. errar é bom.
Apesar do que a minha professora de inglês acha de si mesma, eu não sou perfeita e tenho noção disso. Estou sempre aprender e isso não é algo mau, pelo contrário. É demasiado bom melhorar e saber coisas novas todos os dias e, por vezes, a única maneira de chegar lá é errando. (Mesmo que tenhas uma professora como a minha que te julga com toda a sua alma o facto de não saberes algo.) O ponto anterior parece ser contrário a este, mas não: podes errar desde que seja como objetivo aprender. 

4. o desconhecido vai sempre perseguir-te.
Eu acho que isto foi o mais complicado e importante que aprendi. Durante o meu percurso escolar eu sempre soube aquilo que queria e sabia o que tinha pela frente. Até ao secundário é fácil, mesmo que não pareça: aproveitem enquanto podem. É mesmo engraçado como eu achava que tudo ia melhorar assim que fosse para a universidade... só que não. O que acontece é que a) não sabia o que seguir b) foi preciso 3 fases para conseguir entrar num curso e c) não conhecia ninguém. Era a minha chance de começar de novo, de experimentar coisas novas, de sair da minha zona de conforto, de me conhecer. Eu própria era (e ainda sou) uma incógnita para mim mesma. Eu não sabia o que esperar do curso ou daquele primeiro ano. Tanto quanto sabia, eu poderia não ter gostado e desistido daquilo tudo. Não o fiz, e ainda bem que não. Ajudou-me ter estado mais três anos a estudar (algo que eu gostava) e a ter um autodescobrimento sereno e preciso. 

5. não vai correr sempre bem. 
Eu pensei que ia ser tudo um mar de rosas e que não ia ter dramas, que as pessoas iam ser adultas, que as minhas notas iam refletir o meu empenho, que não ia ser cansativo porque era algo que eu gostava - errado. Chorei, tive ataques de pânico, quis desistir imensas vezes de tudo, questionei-me milhares se realmente devia tentar prosseguir para mestrado, senti-me um falhanço por não aprender tão rápido quanto os outros. Vais querer chorar por teres errado, vais querer desistir quando vês que o teu esforço não está a recompensar, vais querer abortar esta coisa de aprender porque sentes que não está a dar em nada. E tudo bem - é normal. E esses sentimentos e pensamentos vão passar assim que pensares que uma nota não define todo o teu progresso. Aliás, o meu caso com o alemão é o exemplo perfeito: havia uma professora com a qual aprendia tão, mas tão bem, no entanto chega aos testes e tirava nega. O meu caso com MACS era a mesma coisa. As notas não definem, de todo, o teu conhecimento. 

6. conhecimento não é igual a boa nota.
Odeio tanto o quão entranham isto na nossa mente desde miúdos. Há tantos fatores que podem igualizar a uma má nota mesmo que se saiba a matéria e ninguém tem isso em consideração. Eu sei que não há outra forma de avaliar além de testes (é relativo), ainda assim é esgotante ser considerada uma aluna mediana porque tenho notas como 13 e 14 só por causa de um teste quando sou muito melhor a fazer trabalhos. 

7. um canudo significa zero se não saberes o que é a vida.
Estes universitários sabem com um curso e já acham que são superiores por terem um papel a dizer que são licenciados. Ter um curso superior não faz se ser superior a outros - devia fazer-te sentir humilde pela oportunidade que tiveste visto que imensa gente a queria ter e não pode. A universidade é mesmo aquele período de "espera" entre o mundo relaxado e sem preocupações e o mundo adulto. Acaba por ser uma transição mais suave. Permite-te perceber o quão complicado as coisas conseguem ser, se é que não o sabias antes. Consegues ter uma preparação subtil mas, ao mesmo tempo, despreocupada já que te permite viver no melhor dos dois mundos. O que se procura neste momento é jovens com dinâmica e diversificados, que estudem e façam algo mais além disso - workshops, voluntariado, trabalho, etc. Isso não só ajuda a ter um amplo conhecimento sobre outras coisas como te ajuda a gerires o teu tempo, trazendo outros benefícios que tantos os empregadores como os diretores dos mestrados solicitam.

8. isto não é para todos.
E. ESTÁ. TUDO. BEM. Nem toda gente é feita para seguir o ensino superior - eu achava que não era durante vários momentos. As pessoas (mais velhas) têm este preconceito de que só quem segue um curso universitário é que será bem sucedido e terá imenso dinheiro - não. Aliás, ter este tipo de curso não te garante rios de dinheiro se não o souberes usar. Ser criativo com aquilo que tiraste, por muito que te digam que não tem saída, é muito importante porque também mostra que não te deixas vencer. 

Espero que tenham gostado. Caso queiram que eu fale de alguma questão mais detalhadamente basta dizerem. 




             A internet passou a ser uma grande parte da nossa vida e da minha também, como é óbvio. Somos facilmente influenciados pelos media, de forma boa ou má. Desta nova era nasceram os influenciadores onde se inclui youtubers, bloggers, instagramers, todos que têm poder mediático sobre nós através das redes sociais. Assim, decidi criar uma lista de todas as boas influências que me inspiraram e deixam-me sempre com energias positivas.

1. Inês Rochinha.
Ela é uma youtuber portuguesa que tem tido imensa publicidade agora - tanto que consegue viver apenas do youtube e das parcerias que faz. Ela é um verdadeiro anjo puro que transmite as suas crenças e ideias sem minimizar as dos outros. O seu coração é mesmo genuíno e consegue-se ver isso mesmo através de cada publicação que faz. Ela é extremamente conectada com as suas raízes, abraçando-as com carinho e aceitando quem é com o tempo - estando presente na sua evolução.

2. Katy Bellotte.
Youtuber americana através da qual consegui compreender melhor a mim mesma e com a qual cresci e transformei-me numa melhor versão de mim. Conheci-a através dos seus vídeos sobre tópicos da vida e sobre lições de vida de uma adolescente e jovem adulta, os quais me ajudaram imenso. A sua forma de ver as coisas é apenas incrível e consegue mostrar temas considerados banais de uma forma mais iluminadora. 

3. Mariana Gomes.
Não sei bem como definir os vídeos dela, mas gente, ela é tão amorosa e adorável. É um pouco do estilo da Katy onde fala sobre coisas da vida e sobre crescer. Além de que a sua veia artística dá uma personalidade bastante distinta e interessante. É mesmo muito bom sentir a emergia positiva e a calma que ela transmite.

4. Lucy Moon
Comecei a segui-la após ver ela a falar que tinha um problema com álcool. Ver alguém quase da minha idade admitir que tinha um problema com algo tão "adulto" foi um abre-olhos para mim. Ela conseguiu recuperar e fala, novamente, sobre coisas da vida e de como é crescer. O seu blog é igualmente incrível com as suas ideias transmitidas de uma forma particular.

5. Kalyn Nicholson/Reese Regan/Ana Arantes/Thays Lessa
Isto vai parecer repetido mas estas quatro youtubers são realmente incríveis porque, ao transmitir aquilo que se passa na sua vida, conseguem encontrar a lição de vida por detrás do que aconteceu. Cada uma tem a sua personalidade e a sua vida, os seus problemas e o seu tema de canal; contudo, acho fascinante os seus vídeos e como falam sobre as coisas. As suas dicas sobre coisas aleatoriamente importantes são muito boas. A Kalyn é muito espiritual, a Reese é muito motivacional, a Ana é uma aventureira e apaixonada e a Thays é uma filosofa do contemporâneo.

Quais são os teus influenciadores favoritos?

             Para quem não sabe, eu tenho miopia, ou seja, vejo mal ao longe - mesmo mal (não é mesmo mesmo, é assim o suficiente para me sentir cega). Tudo começou no secundário e desde então nada melhorou. Isto até podia ser bom se o mito de quem usa óculos é inteligente - ajudaria-me bastante se fosse verdade. Ora, nesta longa jornada de 4 ou 5 anos de má visão, tive a oportunidade de usar lentes de contato e óculos. Quais são as vantagens e desvantagens de usar ambos?

Óculos
             VANTAGENS:
  • vês o que tens à tua frente;
  • se tirares os óculos podes ignorar o mundo e culpar na tua visão;
  • quando for para dormir basta tirar os óculos e pousá-los em algum sítio que não te lembras de qual é depois de acordares;
  • às vezes dá para disfarçar as sobrancelhas mal feitas ou alguma imperfeição visto que serve como um pouco de maquilhagem;
  • as pessoas não te reconhecem se de repente passas de lentes a óculos ou vice-versa;
  • pouca manutenção, ou seja, se és preguiçoso(a) é bom para ti;
  • agora é moda porque usam óculos sem graduação, então não tens de te sentir mal por usar.


             DESVANTAGENS:
  • consegues ver a armação dos óculos enquanto vês o que está à tua frente;
  • a chuva cai e estorva de veres bem;
  • embaciam mal andas um pouco ao sol;
  • se cair pode partir (rimei) (os meus são de ferro, só pode);
  • assim que tiras os óculos após andar com eles durante algumas horas parece que tens dois corninhos na cana do nariz;
  • se és pobre (como eu) e não tens óculos de sol graduados, 
-
Lentes
             VANTAGENS:
  • também vês muito bem o que está à tua frente (caso as tuas dioptrias seja com um número baixo, como as minhas são, é capaz de não ver tão bem como com os óculos, mas nada de muito diferente). 
  • andar à porrada que não tens a responsabilidade de ter cuidado para não partir os óculos, só se parte nariz e dentes;
  • parece que tens visão naturalmente boa - uma ilusão que dói assim que acaba;
  • podes usar maquilhagem de olhos que se nota muito bem.

             DESVANTAGENS:
  • se dormires com as lentes ou acordas a ver super mal e pensas que é de estares a dormir ainda ou tens os óculos tão secos que parece o deserto do Saara (na verdade,  agora posso fazer a comparação com todo o planeta porque o aquecimento global é real)
  • ter de ter cuidado de limpar as lentes, limpar a caixinha das lentes, usar um líquido específico, ter as mãos limpas, não teres pegado no meu animal de estimação minutos antes de meteres as lentes porque há sempre algo que entra na lente.
  • se alguém te olhar de perto vai achar que usas lentes para trocar de cor de olhos, mas na verdade só passaste muito tempo no computador e a ler e agora és cega.
  • vai haver dias que vais passar 10 minutos a meter UMA lente porque há sempre algo que te está a incomodar.
  • só podes andar com as lentes durante 10 horas e quando ultrapassas esse limite entras em pânico com medo de perder um olho.
-
Usar o processo de eliminação para descobrir quem sou. Aquilo que eu não sou é o que me vai ajudar a descobri o que sou, quem sou, o que quero, o que preciso. Será isto verdade? Talvez seja, talvez não seja. A verdade é que é difícil saber quem se é. É difícil conseguir definirmo-nos através de palavras sem parecer egocêntrico ou convencido - confunde-se, muitas vezes, confiança naquilo que não somos com estas qualidades. Há aquela pressão de saberes imediatamente aquilo que és, tens de saber aquilo que gostas sem antes teres experimentado suficientemente bem, tens de escolher o teu futuro com apenas 16 anos. Dizem que mudamos de 7 em 7 anos, eu acho que se muda todos os dias, ainda que pouquinho. Não se sabe o dia de amanhã, não sei o que vem no próximo ano. As minhas ideias, as minhas crenças, as minhas vivências podem e irão mudar, é a lei da vida. Erros serão cometidos, lágrimas irão cair pela tua cara, dores internas e externas irão existir - acontece. E está tudo bem com isso. É o que acontece quando se está a crescer e a perceber quem não se é.
Este vídeo deve ser visto por toda gente, desde pré-adolescentes a adultos. Foi o que me inspirou a escrever isto e, honestamente, era o que estava a precisar de ouvir e escrever para me relembrar todos os dias.