Para quem me segue há algum tempo, sabe que no ano passado participei no NaNoWriMo e este ano decidi fazer o mesmo. Não tenho escrito nada de relevante para histórias ou ideias que tenho de histórias, só tenho tido ainda mais ideias e elas vão acabar por me fugir e pedir ajuda a outra pessoa, já que eu não faço nada. 
Ora, quando publiquei isso nas redes sociais, surgiram várias perguntas às quais vou responder agora, já que sou idiota e pensei que era algo que toda gente conhecia e nunca expliquei como realmente funciona.

O QUE É? 

NaNoWriMo, também conhecido como National Novel Writing Month, é "um desafio anual de escrita literária que ocorre na internet durante todo o mês de Novembro. O projeto consiste em fazer os participantes escreverem um texto de 50.000 palavras entre 1º de Novembro até o dia 30 do mesmo mês.", segundo o que a Wikipédia descreveu. Basicamente, é isto e até parece fácil, certo? 
Mas não é, de todo!

COMO FUNCIONA? COMO PARTICIPO?

O sistema do site é bastante fácil, e dá até para ser adulterado, muito honestamente. Após criares conta, tens de criar o teu projeto, com todas as informações do mesmo (se quiseres). Depois, à medida que vais escrevendo, basta só adicionar quantas palavras escreveste naquele dia. Não é para escreveres na plataforma ou nada parecido, podes escrever num documento Word (como eu faço) e depois adiciono o número de palavras escritas ao site.

SÓ ISSO? E DEPOIS?

Bom, parece pouco, mas 50.000 palavras é muita coisa para escrever, principalmente se não tiver as coisas planeadas. O que acontece muitas das vezes (principalmente a mim), é que me perco e bloqueio por não saber o que é suposto escrever a seguir àquela cena. Foi isso que aconteceu no ano passado porque eu só queria participar por diversão e por saber que participar num evento assim me obrigada a querer escrever só porque sim. Obviamente, com a participação de uma amiga minha ajudou-me para o incentivo extra.
Para quem não tem ninguém com quem participar, o site é composto com fóruns de todos os países e em todas as línguas para os jovens escritores se entre-ajudarem uns aos outros e darem motivação. Há também reuniões que os mesmos organização em espaços físicos e específicos para irem todos escreverem. 

DICAS SIMPLES PARA COMEÇAREM.

1. Mapeamento. 

Ora, a primeira dica de todas tem de ser fazer um mapa de todas as ideias que têm. Pegar numa folha, ou em várias, e escrever o nome do livro no meio (se tiver nome) e fazer ligações a todas as ideias e tentativas e explicações que acham que dariam certo na história. Tudo é possível, coisas aleatórias, tudo o que pensarem, literalmente. 

2. Organizar as ideias. 

Tenta criar uma ordem cronológica, ou pelo menos, uma ordem lógica, de como essas ideias e planos se iriam desenvolver durante a história. Acontecimento A, depois o B; Acontecia isto e depois aquilo, mas isto tem que ficar no meio desses dois. 

3. Lista de personagens e espaços físicos.

Ora, qualquer história tem personagens. A ideia era criar outro mapa mental de todos os personagens que queres envolver. Separar os principais dos secundários e adicionar qualquer característica que aches válida, desde física a psicológica. O mesmo para os espaços físicos, como casa ou escola, edifícios ou parques. Se for história de ficção científica ou fantasia, ajuda imenso criar uma parte dedicada a tudo de extra sobre o país ou lugar que podes ter criado, se ele não existe mesmo. Por exemplo, falando do mundo de Harry Potter: criar um sítios onde descreve como a escola é, como é a Hermonie, escrever o que o feitiço Lumus faz, escrever o que significa a linguagem que eles usam, escrever a lenda do Valdemort.

4. Playlist e moodboard.

Uma das razões pelas quais fico muito inspirada para escrever é através de músicas e de certas imagens que despertam a minha imaginação. Por isso, tenho criada no Spotify uma lista de músicas que acho que se identificam com o humor que preciso de obter para conseguir escrever, e faço pequenas colagens de imagens que me fazem lembrar a história que pretendo escrever. Seja através do tumblr ou pinterest, encontro sempre algo que me dá aquele puxão extra para me dedicar à realidade que quero criar.

5. Sítio só teu.

Para efetivamente escreveres, tenta ir para um sítio onde sabes que não te vão incomodar, ou que te pertubem o menos possível. É difícil se viveres com outras pessoas, por isso talvez seja melhor ir para a biblioteca ou um café onde, apesar de ter pessoas, não te conhecem e não vão meter conversa contigo.

6. Não edites.

Não consigo frisar isto o suficiente - um dos meus erros da participação do ano passado foi o facto de tentar escrever já de forma perfeita e editar constantemente. Isto só piora as coisas - o objetivo deste evento é ESCREVER O PRIMEIRO RASCUNHO, isso significa que depois terás tempo para editar e é óbvio que isto não seria já o exemplar final que irias enviar para editoras (caso queiras). Escreve aquilo que te aparece na cabeça, mesmo que não seja exatamente como queiras dizer.

7. Acalma a tua mente.

Como eu disse, 50.000 palavras é imenso. Apesar de ter 30 dias para o fazer, são cerca de 2 a 3 páginas por dia que tens de pensar e desenvolver. Pelo menos eu quando começo a pensar em objetivos, começo a dramatizar e a entrar em stress por não saber como os concluir, ou por ter medo de não conseguir. Ora, journaling é o melhor que se pode fazer neste caso - não só te ajuda a continuares a escrever e não perderes o hábito, como te pode ajudar a ter novas ideias ou maneiras de escrever algo. Podes deitar tudo o que te preocupa para o papel e, mesmo não estando a usar essas palavras para o futuro livro, não paras completamente de escrever. 

Queria só lembrar que apesar de o objetivo é escrever quase um livro, é para escrever, como eu disse, o PRIMEIRO RASCUNHO e é para DESENVOLVER O HÁBITO DA ESCRITA. Se não concluires o número estabelecido de palavras, tampouco importa. O que importa é que tentaste. E apesar de o NaNoWriMo ser desenhado para Novembro, podes fazer o desafio em qualquer mês e da maneira como tu quiseres. Escrever 50 palavras é melhor do que escrever 0. Vamos lá tentar isto, então! Quem participar agradecia que me mandassem uma fotografia do seu progresso só para dizer olá e me incentivar também! 

Até já,



A cultura asiática tem uma lenda conhecida como o Fio Vermelho do Destino. Os deuses atam um fio vermelho invisível naqueles que estão destinados a encontrarem-se ou a ajudarem-se de uma maneira ou de outra. As duas pessoas são amantes incontestáveis; estão destinados independentemente do lugar, tempo ou circunstâncias. O fio pode esticar ou embaraçar, mas nunca rasga.
Acaba por ser o que é considerado uma alma gémea na parte ocidental. Não romanticamente, mas o tipo de alma gémea que acontece a um nível astral. O destino está escrito e pode-se mudar certas coisas, mas não todas. Há aquelas que são inquebráveis e não há forma alguma que as possa despedaçar – têm de acontecer porque há uma série de acontecimentos dependentes do primeiro, como o efeito borboleta. A única coisa que pode mudar é a maneira como reages a elas – isso depende totalmente de ti.
Eu era diferente em todos os aspetos: física e mentalmente. Todos somos diferentes, na verdade. A nossa identidade é única, assim como a nossa impressão digital. É o que nos distingue dos restantes. Coloca-se aqui a questão: somos assim tão especiais ao sermos diferentes se isso é aquilo que nos torna iguais? Sinto-me uma estranha no meio de seres humanos que parecem saber o que fazer da sua vida.
A minha altura colocava-me numa posição muito desconfortável, já que era maior do que o tamanho médio de uma rapariga; os olhos tingidos com o aborrecido verde-acastanhado; as pestanas que eram claras, dando o efeito de que eram quase inexistentes; as unhas roídas por causa dos esforços sociais aos quais sou exposta; as maçãs do rosto que são demasiado definidas para o tamanho da minha cara; a estrutura óssea que não me deixava ser perfeita; as rugas de expressão que, ao longo dos poucos anos de existência neste planeta, se desenvolveram e decidiram habitar na minha face – isto era uma das poucas coisas que até gostava de ter.
Os pensamentos que insistiam percorrer rápida e furiosamente na minha mente estavam constantemente a lembrar-me a estranheza que estava entranhada no meu ser e parecia permanecer até ao fim. Das poucas vezes que proferia a minha opinião, olhares eram-me lançados por ser tão divergente do comum, deixando-me desconfortável cada vez que olhavam para mim sequer.
Com estas conclusões, era algo óbvio que amigos eram algo de que a minha vida carecia. Apenas uma rapariga poderia ser rotulada de amiga – Stefanie Ryan. A típica adolescente americana com o seu cabelo clareado nas pontas; os seus olhos perfeitamente delineados com um caramelo dourado, quase cor de ouro; o seu corpo parecia ser moldado à imagem de Marilyn Monroe; os seus lábios eram carnudos e na perfeita cor de vermelho rosado; A sua pose, o seu estilo, a sua voz, a sua pele e até as suas unhas dos pés eram perfeitas.
A realidade é que eu não era uma pessoa interessante; nem a mais positiva. Nem a mais confiante em si ou nas suas decisões ou nos seus raciocínios. Estabilidade era algo que nunca foi presente na minha vida.
Os meus sentimentos e emoções eram escondidos ao máximo, tentando diminuir o estrago dentro de mim. Na minha mente, se eu não demonstrasse qualquer tipo de afeto ou confiança, ninguém me podia atingir.
A minha teoria estava a correr perfeitamente bem. Até que ele apareceu.



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            Está aqui o prólogo do meu bebé! Para quem já leu Evanescente no Wattpad, sim, mudei o prólogo e mais algumas coisitas. Foram três anos desde que acabei o livro até decidir mandar para as editoras, era óbvio que já não me identificava com certas coisas que foram escritas. Ainda assim, a enredo final continua o mesmo, só precisava de umas melhorias aqui e ali.
             Para quem não entende do que falo: Olá! Sou a Marta e publiquei um livro chamado Evanescente, um drama adolescente com um bocado de romance. É a história de um cliché (adoro pegar em clichés e desconstruí-los). Um rapaz popular chega atrasado a uma aula e senta-se no único lugar disponível: ao lado de uma rapariga que ninguém conhece e ninguém quer saber dela. Acabam por se conhecerem e o resto é história (literalmente).
             O que quis criar com este livro foi uma espécie de experiência social em que vão dar por vocês a criticar certas personagens pelas más escolhas, mas vão acabar por perceber o porquê de elas as fazerem em primeiro lugar. "Tu nunca sabes o que realmente se passa na vida das pessoas. Não sabes o que pensam, não sabes o seu passado, não sabes nada. Tu não sabes o que se alterou na vivência da pessoa para se transformar no que ela é hoje. Algo pode ter desaparecido, alguma coisa pode ter acontecido. Todos somos instáveis, tudo é passageiro, tudo pode disspar-se a qualquer momento. E quando tu achas que sabes algo, tu só sabes apenas o que vês ou ouves, não a realidade." Foi isto que escrevi na contra-capa do livro e acho que resume o enredo sem dar detalhes específicos.
             São 406 páginas escritas com amor, suor, lágrimas e muitas noites de inspiração. É o meu primeiro retrato como escritora e não mudava nada nele. Antes de o comprarem, considerem uma coisa primeiro, por favor: mantenham a vossa mente aberta. Tudo o que escrevi foi propositado, desde a escrita meio que infantil no início, até aos detalhes que parecem não bater certo ou meio hipócritas. Este é o primeiro livro de uma história de dois livros. A sequela vem em breve. Mantenham-se atentos.

ONDE COMPRAR?
- Falando comigo se quiserem cópia assinada.
- Wook.
- Bertrand (online e física).
- Cordel D'Prata (site da editora que permite enviar para o estrangeiro).
- Livraria Bracara (BRAGA)
- 100ª Página - Livraria (BRAGA)

ONDE PODEM DAR A VOSSA OPINIÃO? 
- Nas minhas redes sociais.
- Em todos os sítios que mencionei acima.
- No GoodReads, que seria onde agradecia imenso se o fizessem.

O Até já que escrevo em quase todo o lado tem um significado especial que é revelado no livro, por isso que quando assino os livros o escrevo também.
Então,
Até já,



                Qual é o rumo que quero tomar com isto tudo? Eu não sei.
              Ainda ontem falava com o meu namorado do quanto gostava de ser X pessoa, pessoa essa que já está adiantada no seu caminho e que trabalha todos os dias para chegar lá. Não é perfeita, óbvio que não, mas nem eu sou. Tem as mesmas horas no dia que eu, a não ser que more noutro planeta, o que não acho que seja o caso. Acabei por refletir e dizer-lhe, logo a seguir, que não importava o avanço dela, eu teria de me focar no meu projeto e no meu sucesso. Ele apoiou-me e disse-me "o teu projeto é que importa". E isto é um grande problema que tenho:
eu não consigo parar de me comparar. 
             É um ato tão inconsciente na minha mente já. O meu lado racional entra logo em ação a perguntar-me qual é o meu propósito ao estar a permitir que me igualar a uma pessoa que já está adiantada na sua rotina e no trabalho? É normal estar à minha frente: começou primeiro e tem conhecimentos que eu ainda não tenho; sabe o que funciona e o que não funciona; tem recursos que eu não tenho. Ou até mesmo se fulana entrou ontem para a comunidade e conseguiu atingir mais do que eu num ano? É frustrante, é irritante, chega até a ser triste e desmotivador. No entanto, vou ficar sentada a remoer sobre isso ou vou usar essa energia para continuar a melhorar o que é meu? O que importa é a minha jornada e o que faço para a enaltecer. Cada um tem o seu ritmo, a sua maneira de pensar, a sua forma de se comunicar.
                Outra coisa que me custa é falar de temas que já estão a ser debatidos. Ultimamente tenho tido esse medo de não querer falar de um determinado tema porque já há gente, que eu sigo, que o faz e não quero que pensem que estou a copiar ou algo parecido. Sinto uma pressão enorme de ser original mesmo quando a própria pessoa não o seja. Até falei com uma rapariga que sigo e gosto de a seguir e ela disse-me algo que eu já sabia, mas que soube bem ouvir "há espaço para todos".
Acho que muita gente não tenta seguir os seus sonhos porque são parecidos com os sonhos de alguém e acham que já há gente que faça primeiro e melhor. Sendo assim, os novos cantores já não deviam tentar sequer. Quero dizer, os The Beatles chegaram primeiro que os One Direction, porque raio eles acharam que conseguiam fazer sucesso quando uma banda famosa já existia? O importante não é se somos os primeiros ou os últimos, o importante é se quando chegamos, se fazemos algo de especial e diferente. Quero dizer, quem é que a J. K. Rowling pensa que é quando já havia Shakespeare? A audácia!
Não!
Haverá sempre inúmeras pessoas na área que tu queres e sonhas exercer. Faz o teu melhor para entrar nela e te destacares, ou, caso não querias destaque, faz o teu melhor para simplesmente entrar nela. Não precisas de mais, não precisas de menos, só o que achares suficiente para seres feliz.

Até já,

✿ o rumo, o verdadeiro.

by on outubro 10, 2019
                Qual é o rumo que quero tomar com isto tudo? Eu não sei.               Ainda ontem falava com o meu namorado do quan...