Era suposto fazer a rubrica 168h em fotografia mas achei um pouco desnecessário visto que no final da semana foi basicamente fazer compras e ficar em casa no quentinho. Assim, decidi fazer um post separado sobre os sítios que visitei em Bordeaux, os monumentos, um pequeno diário sobre a minha estadia lá. Irei, também, adicionar fotos ao Instagram que não estarão aqui por isso não te esqueças de ver: @personificar. Cheguei por perto das 2h da tarde do dia 18 de novembro e parti às 2h15 do dia 25. Aviso: é tudo lindo.
A parte de tarde de domingo foi reservada a visitar o centro da cidade, passando por certos pontos chaves. Primeiro passamos na Porte d'Aquitaine. É notório uma grande quantidade de arcos parecidos com estes em Bordeaux. Começamos por seguir a Rue Sainte-Catherine. Pelo meio da rua tem imensas lojas, incluindo uma pequena rua que vai dar a outra zona de restaurantes e lojas:
Ao fim de sair dessa zona, continuamos a percorrer as ruazinhas da cidade. Duas coisas que achei muito característico de Bordeaux (e que me faz lembrar de França em geral) são os telhados azuis e as paredes num tom beje - o estilo haussmann.
Eu sentia-me bastante descontraída a ver as ruas e as pessoas, tanto que acabava por me esquecer que estava num país diferente, numa cidade diferente e que, se me perdesse, não saberia como falar com as pessoas porque não sei falar francês. Não sei se foi por estar com gente que conhecia e gostava, mas Bordeaux trouxe-me uma sensação de casa, de bem-estar. Além de que toda a cidade transpirava uma toque de luxuria, beleza e um cheirinho de Harry Potter - juro que havia certas zonas que eu sentia que estava num filme da saga visto que era um bocado sombrio e melancólico. 
Este é o Grand Théâtre de Bordeaux. É um lugar onde os universitários e mais novos costumam ir para se sentarem nas escadas a estudar ou a conviver. A seguir fomos para uma zona chamada Place des Quinconces, onde é costume haver feiras por aquela zona. 
 
Monument aux Girondins é uma coluna enorme de 54 metros de altura. Enquanto passávamos lá, estava esta menina a desenhar o que estava a ver. Não resistir tirar uma foto porque eu adoro observar as pessoas. (Quando fui a Sevilha tirei uma foto a um casal que estava perto do rio. Eles estavam apenas a falar mas eu achei fofo. E, agora que reparo, sinto-me bastante assustadora.
Passamos ainda por duas outras colunas de 21 metros cada uma (só tirei foto a uma porque sou totó). Elas encontram-se de frente ao rio Garone. Numa coluna tem a estátua de Diana, a Deusa da Caça, para simbolizar a Navegação, noutra tem Mercúrio, Deus do Comércio, para simbolizar o comércio, como é óbvio. São chamadas de Colonnes Rostrales, apesar de não ter um nome concreto (que eu tenha encontrado). 
Este parque percorre um dos lados do rio por completo, ficando entre uma zona de restauração e a Pont de Pierre. Estava cheio de pessoas a conviverem, o que me deixou muito entusiasmada e feliz. 
Antes de vir, pesquisei um pouco sobre a cidade e encontrei dois marcos chamados Espelho de Água e o Palácio da Bolsa. Então estava entusiasmada por ir lá visto que as fotos que encontrava no Google eram lindas! A camará do meu telemóvel não fez justiça à beleza de Bordeaux de todo, mas a minha memória lembra-se da beleza. 
Fiquei um tanto apaixonada pela Porte Caihau. Parece um mini-castelo e os seus detalhes são, sem dúvida, adoráveis e mágicos. A era medieval é uma das minhas favoritas e adoro ver edificíos deste género.
Esta fotografia é de uma mini-maquete de uma parte da cidade. Aquele edifício pontiagudo com o telhado meio torto é a Porte Caihau.



O meu namorado prometeu levar-me à noite ver a zona do centro novamente, afirmando que era muito mais bonito de noite. Não posso mentir, ele tinha toda a razão. A cidade iluminada consegue ter ainda mais charme do que durante o dia, a sua beleza natural destacada com as luzes. 

Na segunda feira, eu e a Ângela fomos explorar novamente a cidade. Fomos de metro até ao centro - e deixem-me que vos diga que andar de metro é ótimo! Tão confortável e silencioso, eu adormecia quase sempre. Voltamos a percorrer a Rua de Santa Catarina, subindo-a novamente para comer.  
Depois fomos por entre as ruas, encontrando a Basilique Saint Michel. É mesmo bonita e detalhada, dando-me as vibrações de Harry Potter novamente. A seguir encontramos a Catedral de Saint-André, semelhante à Basilica com os detalhes.
Caminhamos imenso até encontrar o Jardim Público de Bordeaux. Aquilo é tão lindo, meu deus! É enorme e tem uma zona onde parece um muro enorme, com trepadeiras penduradas e aparenta ter saído do jogo da Lara Croft. Eu talvez tenha feito piada sobre isso no instastorie. Só talvez.
Cá fora tinha imensas fotografias em exposição nas grades, deixando-me feliz porque FOTOGRAFIA É VIDA!
Voltamos novamente para o centro, desta vez indo para o museu La Cité du Vin. Não chegamos a entrar, mas só o exterior é extraordinário. O próprio edifício semelha-se a um decantador do vinho. 
Dirigimo-nos mais para trás, onde subimos a ponte elevatória. Eu juro que pensava que era daquelas pontes que se abre a meio - afinal, a parte entre as 4 torres sobre para cima. Tentamos passar a ponte para o outro lado só que eu parei para tirar uma fotografia à paisagem e senti a ponte a tremer. O meu medo irracional obrigou-me a descer imediatamente para terra firme. No entanto, a fotografia não está mal de todo.
Na terça feira, fomos a uma praia artificial de Bordeaux, Bègles Plage. Como sou totó, decidi chamar-lhe praia dos beagles. 
Não vamos esquecer que fiz uma amiguinha lá. Não sei o nome dela porque é meio francês, mas sei que a deixei no carro do meu namorado - ou espero eu que ainda esteja lá.
Os restantes dias foram basicamente ir para o centro para ver mais lojas ou aos shopings. Andamos mais uma vez de metro (Braga, preciso de metro, está bem?). Descobri que do jardim da casa do meu namorado dá para ver uma casa fofinha.
Comprei daquelas famosas bengalas pretas e vermelhas que se vê nos filmes e já percebo o entusiasmo à volta destes doces - SÃO TÃO BONS! Fizemos panquecas e mac&cheese. Embrulhei as prendinhas de Natal que comprei lá com o embrulho fofo e as washi tapes lindas. Abracei e dei muitos beijinhos ao meu namorado. Fiquei confusa e perdida quando falavam francês e a Ângela ou o Bé percebiam o que eles diziam. Gostei bastante de uns desenhos animados que dão lá, mesmo não percebendo nada. Enfim, uma semana que me soube pela vida. 
É um até já, Bordeaux! Espero ver-te em breve.
12 a 18 Novembro 2017 - Semana 46.
Eu sei que está bastante atrasado este post MAS eu não tinha como colocar corretamente as fotografias. Em breve aparecerá a semana 47. 
 
Admito que a semana inteira estive calma com a viagem, mas com ansiedade e nervosismo ao planear a organização dos meus estudos. Sentia-me culpada por ir viajar a meio do semestre, mas, ao mesmo tempo, cada vez mais sentia a necessidade de uma pausa. Era algo que me chamava imenso apesar de toda a ansiedade à mistura. Tentei adiantar trabalhos, estudos para os testes, trabalhos de cada pendentes, tudo para poder ficar disponível na semana seguinte. 
Terça-feira fiz a mini-ficha de Literatura e Cultura Alemã. O professor ainda teve 45 minutos a fazê-la especialmente para mim. Ainda recebi um miminho da Catarina, washi tapes! Se parecia uma criança a brincar com elas? Talvez. Quinta-feira decidi sair da minha zona de conforto: fiz space buns. Eu sei que não parece uma grande coisa para se fazer. No entanto, para mim foi demasiado porque é algo de diferente que não havia tentado antes. São pequenas coisas como esta que me fazem puxar por mim para deixar de me limitar àquilo com que me sinto confortável. Sexta-feira tive teste de Linguistica Inglesa e só sei que nada sei. Pouco dormi de sexta para sábado, não sei exatamente porquê.
 
Sábado chegou e acordei bem cedo para poder preparar-me - foi mais para despedir-me do meu cão, mas tudo bem. Fui com a Ângela para o aeroporto e, estranhamente, estava demasiado calma. Acabou por parecer algo bastante natural e destinado a acontecer. Chegamos por volta das 2h a Bordeaux e o meu namorado foi buscar-nos ao aeroporto de lá. Fomos diretamente para a casa dele. À noite fomos a um shooping perto da sua casa, onde tem o Carrefour e outras lojas. Quando chegamos a casa para jantar, o meu namorado instalou daquelas playstations antigas onde tem vários jogos, como o Sonic. Não quero gabar-me, mas ele perdeu algumas vezes.

O cinema sempre foi algo que me chamou a atenção, não só pela forma como se pode contar uma história através de imagens mas a maneira como se capta a imagem para se mostrar. Acho mesmo incrível como cada filme tem uma maneira diferente de gravação, de prender quem vê, de contar algo. Não sou uma expert em cinema, nada disso. Aliás, muitos dos clássicos nunca os vi. Apenas aprecio ver filmes de uma forma dedicada e atenta. Então, aqui estão os meus 10 filmes favoritos, sem uma ordem especifica.

1. Collateral Beauty (2016)
Fui ver este filme no inicio deste ano e posso dizer que, desde então, não me saiu da cabeça. A história volta-se entre um homem que perdeu a sua filha e escreve 3 cartas: à Morte, ao Tempo e ao Amor. Estes decidem responder-lhe. Sabem quando vocês pensam num enredo e sai outro totalmente diferente mas incrível? Este filme foi assim. O Will Smith (Howard) encarna muito bem o seu papel porque usou a sua dor da vida pessoal para transmitir a dor de perder alguém. Há uma particular fala que uma personagem diz ao Howard que é algo como "Lembra-te de reparar na beleza colateral. É a ligação profunda entre tudo.". A Beleza Colateral de tudo mau que acontece, tem uma ligação profunda entre o tudo que existe no mundo. Ainda que o Howard tivesse perdido a sua filha e, sem dúvida, isso deixou uma marca muito forte dentro dele, ela está num bom sítio e permitiu outros desenvolvimentos no filme. O filme todo é mágico e incrível, o enredo e o elenco é tão perfeito. Sai do cinema a chorar tanto, acreditem em mim.

2. 10 Things I Hate About You (1999)
Este é sem dúvida o meu filme favorito, assim aquele que eu digo a toda a gente para ver por ser tão bom. Novamente, o elenco foi tão bem escolhido e o enredo é só a melhor história de sempre. A história fala de uma rapariga que é considerada rebelde por pensar diferente do resto das raparigas (incluíndo da irmã) e conhece um rapaz que a faz apaixonar-se. Os dois andam numa onde de "vai-não-vai". Entretanto, o amigo do rapaz e a irmã da rapariga conhecem-se também. Os quatro envolvem-se num trama em que crescem e se descobrem. Há várias lições a tirar deste filme, lições importantes. Uma das que achei bastante importante foi que não te deves rebaixar por alguém que gostes - isso é o pior que podes fazer. 

3. The Fundamentals of Caring (2016)
Eu nem sei por onde começar. Vou admitir que o meu interesse foi por estar a Selena Gomez a representar a Dot, mas acabei por me apaixonar pelo filme. O filme desenvolve a vida de um jovem com uma doença que tem uma rotina especifica e um senso de humor estranho. Um homem queria um emprego e candidatou-se para tomar conta dele. Um tempo passou e ele percebe que não tem feito nada demais com a sua vida e pergunta ao mais novo qual o seu maior sonho se estivesse bem. Os dois tentam realizar o sonho e encontram uma rapariga durante a jornada. Os três continuam a concretização do sonho. O enredo não parece muito interessante mas a maneira como o filme decorre e te agarra ao ecrã faz-te esquecer o facto de que a história é bastante simples - só tens uma vida, aproveita-a. 

4. Me Before You (2016)
Por alguma razão, eu decido ir ver filmes ao cinema que me fazem chorar e, ainda por cima, nunca vou sozinha. Este foi um desses filmes. A história é um pouco parecida com o filme anterior: uma rapariga procura emprego e conseguiu encontrar um em que tem de tomar conta de um rapaz com uma doença grave. Ele tem poucos meses de vida, não querendo saber de nada. Ele é rico e viajou o mundo, ela é de uma cidadezinha pequena que apenas quer ganhar algum. O cliché é presente, como é de esperar, mas tudo é um cliché, não é verdade? Aproveitar a vida enquanto é possível, deixando o amor entrar porque sem ele, não há como viver e, acima de tudo, deixa a tua estranheza transparecer. Ainda que ele tenha partido, ela carrega-o no seu coração e feliz por o ter conhecido. 

5. Bad Moms (2016)
Meu Deus! Este filme é um pouco diferente dos outros já que é de comédia mas tem uma mensagem tão importante por detrás das piadas estupidamente perfeitas mas sem sentido. Explica como as mães são apenas seres humanos que não sabem que porra estão a fazer mas tentam o melhor que podem para tomar conta dos seus filhos - mesmo sendo egoístas, estúpidos e mal-criados. Elas têm que fazer tanto e acabam por não ter reconhecimento nenhum quase, apesar de se esforçarem todos os dias para fazer tudo e o melhor para os seus filhos. 

6. The Breakfast Club (1985)
O típico cliché sobre um grupo de 5 adolescentes totalmente diferentes um dos outros. No entanto, é aquele cliché que é preciso ser relembrado sempre pois temos a tendência para esquecer. Eles conhecem-se no castigo da escola e passam um sábado juntos. Conhecem-se uns aos outros e percebem que as suas diferenças são demasiadas. Quase no fim do filme, uma das personagens acaba por dizer que na segunda-feira se se virem, podem acabar por ignorar ou criticarem porque são de mundos diferentes. O filme contorna o quão poderoso pode ser a imagem que transmites a alguém pois, apesar de mostrares ser algo, podes ser alguém totalmente diferente e, ainda, há razões para tentares ser alguém diferente. 

7. Before I Fall (2017)
A história baseia-se numa adolescente que acaba por morrer no dia 12 de fevereiro. No entanto, ela tem a possibilidade de mudar a sua semana até esse dia e, inclusive, o seu destino. Quando se apercebe do que está acontecer, Sam acaba por tentar várias possibilidades de alterar o que acontece, experienciando várias alternativas do seu final. O que me chamou a atenção neste filme foi exatamente a maneira como as nossas ações têm as suas respetivas repercussões. Cada pequeno ato que fazes pode levar a uma grande conclusão e cada vez mais tenho notado isso. 

8. To The Bones (2017)
Um dos grandes filmes polémicos que a Netflix lançou. Ellen é uma adolescente que lida com anorexia nervosa. Entra em reabilitação novamente, não querendo saber do seu destino porque já está habituada a que nada resulte. Ela própria já não se importa se vive ou morre. Até que conhece um doutor que tem uma maneira inconvencional de ajudar os pacientes. O filme desenvolve sobre como a doença afeta não só a quem a tem, mas a toda gente que a rodeia. Acho que é uma história não só sobre doenças alimentar, mas pode-se comparar a doenças mentais como depressão e ansiedade.

9. Love, Rosie (2014)
Talvez eu tenha uma pequena paixão pela Lily Collins - só talvez. Outro cliché, sim. Eu acredito que o amor vence sempre, apesar de ser realista e saber que uma relação pode não funcionar por muito que se ame a outra pessoa. No entanto, o meu lado romantico tende acreditar que apenas não é o momento certo para se amar. E este filme mostra exatamente isso: dois melhores amigos inseparáveis apaixonam-se um pelo outro em tempos diferentes. Entretanto, a vida aparece-lhes no meio e afastam-se, mas o amor não desaparece.

10. Bridge to Terabithia (2007)
Este foi um filme que vi quando era mais nova na televisão e não soube o nome, até há uns anos atrás. Primeiro de tudo: o cast está fantástico! Segundo: os efeitos especiais são fantásticos. Terceiro: a história é fantástica! Quarto: o filme todo é simplesmente fantástico! Eu não quero contar muito sobre a história porque acabo por dar spoilers, mas é de fantasia e drama, dois géneros que adoro. A história em si e como é deliniada dá-nos uma certa sensação de esperança; de que, apesar de tudo mau que pode acontecer, algo de bom aparece sempre na nossa vida. Até a escrever e a lembrar-me dele me faz sorrir e chorar ao mesmo tempo.

BÓNUS: War Horse (2011)
Eu choro em todos os filmes, isso é certo, mas neste foi demasiado. Retrata a união entre um rapaz e um cavalo que se compreendem um ao outro de uma maneira inexplicável. A coragem de ambos espalha-se até ao telespectador pois mesmo quando duvidam deles, conseguem-nos impressionar. Não sei que mais dizer sobre este filme além de que é incrível.

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◍ top dez de filmes.

by on novembro 23, 2017
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