21 a 27 de Janeiro de 2018.
Honestamente, sinto-me bastante mal por não ter continuado a fazer estes posts. Era algo que estava a deixar-me bem, mas as últimas 3 semanas foi apenas estudar, trabalhar, e aproveitar enquanto o meu namorado estava em Portugal. 
Domingo: Sabe tão bem chegar do trabalho e não ter de estudar a um domingo. Sabe tão, mas tão bem! Soube ainda melhor poder desperdiçar o meu tempo com coisas aleatórias na internet porque podia fazer o que eu quisesse!
Ainda estou a recuperar o dia de ontem, para ser sincera. Honestamente, tive um dia mau. Não me apeteceu falar com ninguém, estava de mau humor, só me apetecia chorar - e acabei por fazê-lo. Deu para limpar a alma, não é verdade? Enfim. 
Passei a tarde na cama. Vi um episódio de The Good Doctor - uma série que é bastante boa, meu deus - e tentei acabar um capítulo de Adjacente, mas não consegui. O problema de eu não conseguir escrever rápido é que tenho de ter tudo planeado até ao mais ínfimo pormenor e, se não tiver, desconcentro-me. Além de que a minha mente é demasiado rápida para realmente tirar tempo para estar a planear tudo, tudinho. Escrever Evanescente foi fácil porque enquanto escrevia já tinha uma ideia do que queria que acontecesse naquele episódio, saia tudo naturalmente da minha cabeça. Agora parece que já nem sei escrever depois de dar uma pausa tão grande. Sinto uma pressão de ter tudo perfeito por causa do que já escrevi antes... nem sei.
Segunda: Sabem quando vocês simplesmente estão esgotados mentalmente e fisicamente? Este semestre correu-me mal, não sei porquê. Desci a tudo, só houve 2 disciplinas que mantive a nota. Como é óbvio, é bastante desaminador quando te esforças muito e o trabalho não é compensado. Quando reparas que o que é valorizado é aquele aluno que decora tudo e vomita a matéria numa apresentação ou num teste, invés do aluno que se esforça e tenta fazer as coisas de maneira diferente mas com a mesma resposta. Ou quando há aquele professor pertinente que parece dar as notas ao calhas, ou quando há outro tipo de professor que só aceita as respostas da maneira como ele quer. Nem sei, tudo isto está seriamente a fazer-me questionar se devo prosseguir para mestrado ou não. Enfim. Aproveitei para ir ao shopping com a C. Comprei um vestido e uma saia muito giros! Pensei em fazer um post sobre as minhas comprinhas nos saldos, o que acham?
Consegui acabar um capítulo novo de Adjacente, uma história que escrevo. Vou admitir que me deixou um pouco triste não ter o feedback instantâneo que tinha com a Evanescente, no entanto, meio que me deu motivação para publicar a história como um livro físico.

Terça: Nada. Não fiz absolutamente nada. Estive apenas a organizar a minha secretária, algumas tarefas que tinha pendentes, fiz um pouco de exercício físico e uns vídeos no Youtube. Que bom que soube!
Quarta, Quinta e Sexta: Estou. Tão. Cansada. Trabalhei 9h na quarta, quinta 5h30 e sexta 9h novamente. Andar a correr de um lado para o outro, aguentar certos clientes, é tão exaustivo. Esta é a cara de quem não sabia que ia cansar tanto ir de bicicleta para o trabalho.

Sábado e Domingo: Acabei por passar o fim de semana a relaxar novamente pois estou com um dor intensa no meu ombro. Ainda por cima irei trabalhar os próximos 3 dias, o que não vai facilitar a dor visto que tenho de pegar em coisas pesadas. Sabe tão bem ser fim de semana e não ter de estudar, a sério. Concluí ainda o meu bullet journal para o mês de Fevereiro. Em breve estará tudo publicado aqui!

Espero que a tua semana tenha corrido bem.
(foto retirada da internet)
Eles perderam-se enquanto se encontravam um no outro. A noite passava e com ela criavam-se memórias, as vozes penetravam a escuridão. A lua brilhava mais do que nunca mas os protagonistas desta noite eram eles. Nenhum dos dois eram uma estrela, não possuíam luz própria, mas não se importavam. A escuridão assentava bem neles como se deles fizesse parte. E fazia parte. As mentes dos dois fazia lembrar uma teia em que os fios se fundiam, algo que nunca acontecia na existência de nenhum dos dois. De tudo e de nada era feita a conversa. Por vezes o silêncio caía mas não ficava estranho. Era no silêncio que se sentiam confortáveis a partilhar sorrisos e olhares. Não precisavam de palavras para dizer tudo o que queriam porque nem sempre as palavras ajudam na comunicação, às vezes só atrapalham. 
Normalmente sente-se um formigueiro na barriga quando algo de extraordinário  e de diferente acontece, não é verdade? Aquela sensação de ansiedade e excitação que parece dominar o corpo inteiro, era suposto acontecer. Aquele momento era tão súbito, exorbitante, magnifico. No entanto, os seus corações estavam calmos, como se fosse o destino acontecer e aquele exato instante estivesse já escrito nas estrelas, preparado para ser precisamente assim. 
Como será o futuro? Isso não importa. O presente está a acontecer e nada mais podiam pedir do que sentir a alma um do outro a deambular pelo céu iluminado por estrelas que já morreram há imensos anos-luz. E, no final, mesmo sabendo que não são estrelas, ele e ela comparam-se aos corpos iluminados - já morreram há muito tempo mas nos olhos de quem os vê estão vivos. E, nos olhos de um, o outro é uma estrela, e vice-versa.

✒ (inter)ligação.

by on janeiro 17, 2018
(foto retirada da internet) Eles perderam-se enquanto se encontravam um no outro. A noite passava e com ela criavam-se memórias, as voz...
(foto retirada do Google)
        Há pouco mais de duas semanas fui ao cinema com o meu namorado ver The Greatest Showman. Era um filme que queria imenso ver e estava entusiasmada por causa do trailer incrível que fizeram. Vou ser sincera, fiquei interessada por ter a Zendaya, no início. Contudo, a história em si trouxe-me curiosidade sobre o que realmente a história era sobre. 
             O filme retrata a biografia de um homem, P. T. Barnum, que quer dar o melhor que pode à sua família. Fica desempregado e, não sabendo o que o futuro lhe espera, ele decide seguir os seus sonhos de criança. Ele cria um espetáculo que envolve pessoas diferentes que são consideradas bizarras ou desiguais do resto da sociedade, os que são postos de parte. Barnum incentiva-os a mostrarem as suas diferenças e ensina-os que ser diferente é bom. 
             A obra é realmente bastante simples já que conta a história do criador do que é hoje o que consideramos circo. O trama é facilmente comparado a problemas do dia a dia, questões que se colocam nas nossas próprias vidas: seguir os nossos sonhos arriscando tudo, conseguir alcançar os nossos objetivos, críticas que recebemos de outras pessoas, ultrapassar obstáculos, mostrar o que realmente valemos, não esconder as nossas desigualdades. E é isso que torna o filme tão apelativo e aconchegante para o público já que é muito fácil identificar-se com as personagens. Acaba-se por se sentir dentro do próprio circo, sendo mais um espectador do espetáculo que Barnum cria, mesmo quando conta a sua história pessoal ou a história das outras personagens. 
             Para além de ser tudo lindamente gravado, o roteiro é muito direto, sem quaisquer reviravoltas impossíveis (ainda que bastante surpreendentes). Sendo um musical, as músicas ficam na cabeça e, devo admitir, talvez use algumas nas minhas playlists por serem tão boas. Trazem uma sensação de esperança em cada palavra, assim como o filme inteiro faz. 
             Uma das frases que me encheu o coração foi "Nunca ninguém fez a diferença sendo igual a todos os outros." A sociedade está tão mecanizada para ser igual porque é bom fazer parte do normal que se esquece que são as diferenças que trazem o extraordinário para as nossas vidas. 
             O filme está cheio de inspiração e fantasia e felicidade. Mesmo agora, ao relembrar o filme estou com as lágrimas nos olhos. Não posso falar muito mais para não estragar e dar spoilers. Basicamente: RECOMENDO IMENSO.